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Participação de Eike na MPX pode ser zerada

Estimativa é que a fortuna do empresário encolha e fique entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões

Por Irany Tereza e da Agência Estado
Atualização:

RIO - Há dois meses, quando estavam em fase inicial as tratativas para a reestruturação da MPX, empresa de geração de energia elétrica do grupo de Eike Batista, a ideia, segundo revelou ao Broadcast uma fonte que acompanha o processo, era que a participação do empresário, em 29% depois da venda de uma parcela para a alemã E.On, ficasse reduzida a 5%.

Agora, de acordo com a fonte, a participação de Eike pode ser zerada ou limitada a um porcentual marginal. Hoje, em teleconferência com analistas, o diretor presidente e de Relações com Investidores da MPX, Eduardo Karrer, disse que o empresário deverá ter participação "um pouco reduzida" na capitalização que está sendo preparada para a MPX. A E.On,que investirá, segundo informou o executivo, US$ 177 milhões na MPX (R$ 6,45 por ação), passará de 36% para 38%.No fim do processo de reestruturação de todo o grupo, Eike, que não seguirá o aumento de capital da MPX, segundo informou a fonte, continuará bilionário, mas sua fortuna vai minguar para algo entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões, segundo estimativas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que hoje detém 10,34% do capital total da MPX (fatia hoje avaliada em torno de R$ 440 milhões), seguirá o aumento de capital e pode inclusive elevar sua participação na empresa. A avaliação da área técnica do banco é de que a instituição deve evitar a diluição de sua participação, já que dá como certa a recuperação de valor das ações depois do rearranjo que retirará da empresa o vínculo com o grupo X, o que ficará evidenciado com a mudança da razão social da companhia.

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