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Patrimônio de referência do BNDES cai no 4º trimestre

Por Adriana Chiarini
Atualização:

O patrimônio líquido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), incluindo a subsidiária BNDESPar, era de R$ 25,3 bilhões em 31 de dezembro passado, correspondendo a um patrimônio de referência de R$ 42,5 bilhões, informou hoje o BNDES. O valor é superior ao patrimônio de referência de R$ 41,5 bilhões de um ano antes, mas menor que os R$ 44,1 bilhões registrados em 30 de setembro. O patrimônio de referência é usado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para estabelecer limites prudenciais de crédito que devem ser seguidos por todas as instituições financeiras e fiscalizados pelo Banco Central. Quanto maior for o patrimônio de referência (PR) do BNDES, maior sua capacidade de conceder crédito. Um desses limites é o de que um grupo econômico pode receber créditos no valor máximo equivalente a 25% do PR de uma instituição. A única exceção para esse limite, aberta com a crise internacional, é o crédito do BNDES para a Petrobras. O banco estatal garante cerca de R$ 50 bilhões para a companhia de petróleo, se ela precisar. O índice de adequação de capital (índice de Basileia) registrado pelo sistema BNDES foi de 17,7% no fim do ano passado, considerado pelo banco federal como "uma situação confortável em relação aos 11% (mínimos) exigidos pelo Banco Central".O índice de exposição ao setor público ficou em 17,1%, bem distante do limite máximo de 45% fiscalizado pelo BC. Os ativos totais do sistema BNDES somaram R$ 277,3 bilhões em 2008, com alta de 36,8% em relação a 2007. Do total, 77,9% correspondem à carteira líquida de financiamentos e repasses. No ano passado, a captação de recursos do Tesouro Nacional, no valor de R$ 22,5 bilhões, e do fundo de investimento em infraestrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), de R$ 7 bilhões, dentre outras, complementaram o orçamento, informou o BNDES. A instituição também informou que o saldo da provisão para risco de crédito alcançou R$ 4,6 bilhões, equivalentes a 13,9 vezes a carteira de créditos inadimplentes, "mais do que suficiente para cobrir possíveis perdas com créditos inadimplentes".

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