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Paulinho: temos de brigar com bancos para spread cair

Por Ricardo Leopoldo
Atualização:

O deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, afirmou hoje que os trabalhadores "ainda vão ter que brigar muito com os banqueiros" para que as instituições financeiras no País reduzam os spreads (diferente entre a taxa de juros cobrada pelos bancos e o custo de captação). "Os spreads e os juros cobrados pelos bancos nos financiamentos ainda são muito elevados no Brasil. Vamos ter que batalhar muito para que os banqueiros passem a cobrar taxas mais razoáveis", afirmou. Paulinho concordou com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, quando afirmou que toda a sociedade está fazendo um grande esforço para diminuir os efeitos da crise internacional sobre o Brasil, mas o banqueiros não estão colaborando, pois ainda cobram taxas de juros muito elevadas para financiamentos. "Sem dúvida, os banqueiros podem fazer muito mais, mas o governo precisa dar o exemplo", ressaltou Paulinho. Na avaliação do deputado, a redução dos spreads precisa começar pelos bancos do governo, que dominam boa parte do sistema financeiro nacional, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outras instituições regionais. "Não é possível que o Banco Central baixe os juros em um ponto porcentual e o Banco do Brasil reduza o spread em 0,01%", afirmou. Na primeira reunião deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, reduziu em um ponto porcentual para 12,75% ao ano a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. De acordo com o presidente da Força Sindical, ele e dezenas de sindicalistas estarão na porta do Banco Central no dia 11 de março, quando o Copom encerrará sua próxima reunião, para pedir à autoridade monetária que continue reduzindo os juros. "Estaremos no BC no dia 11 e vamos pedir para que os diretores da instituição reduzam os juros com intensidade", comentou.

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