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Paulo Guedes vê recessão no exterior, mas diz que Brasil terá 'longo ciclo de crescimento'

Ministro da Economia diz que 'realmente haverá recessão lá fora, na América, Europa', mas destaca investimentos no Brasil e prevê crescimento de quase 2% neste ano

Foto do author Amanda Pupo
Foto do author Antonio Temóteo
Por Amanda Pupo (Broadcast) e Antonio Temóteo
Atualização:

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 28, que o ambiente econômico externo ainda vai piorar, diferentemente do cenário brasileiro, que, segundo ele, está no início de um "longo ciclo de crescimento". O otimismo do ministro, demonstrado durante a palestra de abertura do Painel Telebrasil 2022 Summit, foi justificado por ele próprio ao citar privatizações e concessões. "Estamos falando de um trilhão de investimentos em dez anos."

Guedes disse que a inflação e o índice de desemprego devem começar a cair, enquanto o crescimento deve chegar a quase 2% neste ano. "É verdade que vai desacelerar, mas não (entrar em) recessão. Em vez de crescer 3%, vamos crescer 1,7%, 2% ao ano." 

Paulo Guedes, ministro da Economia; ele acredita que economia brasileira vai bem, por mais que o exterior esteja negativo Foto: Evaristo Sá/ AFP

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Na última quinta, 23, o Banco Central revisou a projeção para o PIB de 2022 de alta de 1% para 1,7%. E, na sexta, 24, o IBGE divulgou que o a prévia da inflação, o IPCA-15, voltou a acelerar em junho, quando atingiu 0,69%

Para ele, não há sinais de que a guerra na Ucrânia vai refluir. "O Brasil reagiu fulminantemente, e vamos continuar reagindo. E vai haver realmente haver recessão lá fora, na América, Europa", continuou Guedes, citando que os americanos ficaram entre 20 e 30 anos sem aumento de salários na indústria, e que os países agora enfrentam o "fim do trabalho barato do outro lado do mundo". "Mesmo antes disso (da guerra) bons economistas já sabiam que o mundo estava no fim de longo ciclo de globalização", disse.

O ministro aproveitou para falar sobre o aumento do valor do Auxilio Brasil, de R$ 400 para R$ 600. "Se a guerra escala, nós lançamos uma camada de proteção para camadas mais vulneráveis. O Congresso deve lançar uma camada adicional de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil”, disse.