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PDG Realty amplia prejuízo para R$135,3 mi no 2o trimestre

A PDG Realty ampliou o prejuízo no segundo trimestre, na comparação anual, em um período marcado por vendas e lançamentos menores, enquanto espera estar próxima ao início de seu período de desalavancagem. A companhia teve um prejuízo de 135,3 milhões de reais entre abril e junho ante um resultado negativo de 104,9 milhões de reais um ano antes. A maior parte das estimativas de analistas obtidas pela Reuters apontava para prejuízo entre 10 milhões e 42 milhões de reais. Segundo a empresa, apesar da piora nas expectativas macroeconômicas, pilares como a diminuição do risco de execução, redução de despesas corporativas e início da geração de caixa "permancem robustos". "Acreditamos estar cada vez mais próximos do ponto de inflexão do caixa e, consequentemente, do início do ciclo dedesalavancagem da empresa", disse a companhia, em seu relatório de resultados. A PDG teve um consumo de caixa de 92 milhões de reais no segundo trimestre, ante 75 milhões de reais nos três meses anteriores. Em 2012, a empresa iniciou uma série de ajustes contábeis e a revisão dos orçamentos de obras e dos empreendimentos lançados, com o objetivo de normalizar suas operações a partir de 2015. Isso ocorreu após a companhia registrar prejuízos consecutivos desde que um agressivo, porém malsucedido, plano de expansão gerou aumento de custos e atrasos em projetos. Os lançamentos no segundo trimestre, considerando apenas a fatia da companhia, foram de 483 milhões de reais, queda de 1,3 por cento ano a ano, ante estimativa média de analistas 506,8 milhões de reais. No ano, os lançamentos totalizam 613 milhões de reais, concentrados integralmente no Rio de Janeiro e São Paulo, sendo aproximadamente metade em empreendimentos comerciais, 40 por cento residenciais e 10 por cento loteamentos. "A companhia espera uma concentração maior de lançamentos no segundo semestre do ano, mas permanece atenta ao cenário macroeconômico de forma a melhor direcionar os lançamentos previstos", afirmou. Na capital paulista, a empresa possui uma lista de projetos que somam 1,5 bilhão de reais em valor geral de vendas (VGV)potencial, a serem lançados nos próximos 18 a 24 meses. Os terrenos foram adquiridos antes da aprovação do novo Plano Diretor da cidade e os projetos foram aprovados conforme a legislação anterior. As vendas contratadas da PDG caíram 20,2 por cento e encerraram junho a 383 milhões de reais. Com relação aos estoques, as vendas brutas atingiram 510 milhões de reais, em linha com o trimestre anterior, quando foram de 524 milhões de reais. Como previsto pelos analistas, os cancelamentos de contratos cresceram em bases trimestrais. Os distratos foram de 275 milhões de reais entre abril e junho, queda ante os 373 milhões de reais um ano antes, mas maiores do que os 145 milhões de reais entre janeiro e março. Segundo a empresa, os 420 milhões de cancelamentos no semestre representam uma média de 210 milhões por trimestre, emlinha com sua expectativa inicial de 200 milhões de reais a cada três meses ao longo do ano. A receita líquida caiu 18,9 por cento no segundo trimestre ante 2012, a 926 milhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 72 por cento na mesma base de comparação, encerrando junho a 123,3 milhões de reais. A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para Ebitda de 167,2 milhões.

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Por Redação
Atualização:

(Por Juliana Schincariol; Edição de Luciana Bruno)

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