BRASÍLIA - Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram 76,2% na primeira quinzena de maio na comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Economia, foram 504.313 solicitações. No ano passado, nesse mesmo período, foram 286.272 pedidos.
O Ministério da Economia estima que haja uma fila de 250 mil solicitações represadas do período em que as agências do Sine estavam fechadas.
O número ainda representa um aumento de 4,9% na comparação com a segunda quinzena de abril deste ano (480.848).
O Estado com mais pedidos foi São Paulo (149.289), seguido por Minas Gerais (53.105) e Rio de Janeiro (42.693). Nesse período, 77,5% dos pedidos foram feitos via internet. Depois de um decreto no fim de abril ter definido o processamento de seguro-desemprego como serviço essencial, porém, as solicitações presenciais aumentaram 58,5% em relação à segunda quinzena de abril.
De janeiro até o dia 15 de maio, foram 2,841 milhões de pedidos, o que representa um aumento de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com a necessidade de isolamento social para conter o avanço da covid-19, a maior parte dos pedidos ainda é feita presencialmente. Segundo a pasta, 46,1% dos pedidos foram feitos pela internet e 53,9% nas agências do governo.
O seguro desemprego é pago ao trabalhador com carteira assinada demitido sem justa causa. O trabalhador tem até 120 dias após a demissão para pedir o benefício, que pode ser solicitado via internet por meio do portal de serviços do governo e pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital.
É necessário cumprir algumas regras, como recebido salários em pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses na primeira solicitação e não estar recebendo benefício de prestação continuada da Previdência Social.