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Pela 3ª vez, mercado eleva projeção da taxa Selic e da inflação

Expectativa para a taxa básica de juros subiu para 12,75% na semana da reunião do Copom; IPCA foi para 4,50%

Por Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

O mercado elevou pela terceira semana seguida sua projeção da taxa básica de juros, a Selic, e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o final de 2008, segundo relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 14, pelo Banco Central. Em semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a mediana das projeções para o juro subiu de 12,50% para 12,75%, patamar dois pontos porcentuais mais elevado que o atual. Há um mês, a projeção dos analistas estava em 11,25%. Já a expectativa dos analistas para o IPCA subiu de 4,50% para 4,66%. Há quatro semanas, a projeção estava em 4,44%.   Veja também:   Brasil enfrenta dilema com taxa de juros, diz 'FT' Líderes mundiais pedem urgência contra inflação de alimentos Para FMI, alta dos preços ameaça estabilidade política Especial sobre a crise de alimentos  Celso Ming explica a alta da inflação  Produção maior é saída contra inflação, diz Lula ONU pede medidas urgentes contra inflação de alimentos Entenda os principais índices de inflação    Para 2009, porém, o mercado manteve cenário que sinaliza queda da Selic, com juro em 11,25% no final do próximo ano. Quatro semanas antes, estava em 10,50%. Com relação ao juro médio, a mediana para 2008 subiu de 11,88% para 12,09%. Para 2009, a expectativa passou de 11% para 11,52%. Um mês antes, os números estavam em 11,25% e 10,69%, respectivamente.   Já a elevação na inflação também foi registrada no cenário para 2009, cuja mediana passou de 4,30% para 4,40%. Há quatro semanas, a previsão era de 4,30%. Para abril, o mercado elevou sua projeção para o IPCA de 0,34% para 0,35% e manteve a previsão para maio em 0,30%. O relatório também aumentou a estimativa para o crescimento econômico neste ano, que passou de 4,6% para 4,7%. Já a projeção para a expansão em 2009 foi mantida em 4%. A projeção para o dólar foi mantida em R$ 1,75 para o final de 2008 e em R$ 1,85 para o fim de 2009.   Para o ritmo de crescimento da indústria, a previsão de crescimento para 2008 subiu de 5,29% para 5,40%. Quatro semanas antes, a expectativa era de 5,06%. Para 2009, analistas mantiveram pela 13ª semana consecutiva a expectativa de alta de 4,50% para a atividade industrial.   A pesquisa também mostrou que a projeção dos analistas para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2008 caiu de 41,55% para 41,50%. Para 2009, o indicador teve ligeira redução de 40% para 39,90%. Um mês antes, os números eram, respectivamente, de 41,60% e 39,70%.     Piora nas contas externas     O relatório Focus apresentou forte deterioração das projeções relacionadas às contas externas. De acordo com a pesquisa do Banco Central, a expectativa de déficit em conta corrente em 2008 aumentou de US$ 12,1 bilhões para US$ 16 bilhões, na 20ª piora seguida. Um mês antes, a expectativa era de resultado negativo de US$ 9 bilhões.   Para 2009, a mediana do déficit em conta corrente saltou de US$ 13,92 bilhões para US$ 20 bilhões. Há quatro semanas, o dado estava em US$ 12,08 bilhões.   As projeções para a balança comercial mantiveram a tendência de piora, mas em ritmo distinto. Para o saldo em 2008, a projeção caiu de US$ 26,05 bilhões para US$ 25,30 bilhões. Um mês antes, estava em US$ 29 bilhões. Para 2009, a aposta para o superávit comercial caiu de US$ 20 bilhões para US$ 19,50 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 23 bilhões.   Com relação ao ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED), o mercado manteve a expectativa de que devem entrar US$ 30 bilhões em 2008. Para 2009, a projeção subiu de US$ 26,71 bilhões para US$ 27 bilhões.

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