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Pelo 4º mês consecutivo, queda na confiança do consumidor

O mercado de trabalho continua sendo uma das principais preocupações dos consumidores. A parcela que espera maior facilidade para conseguir emprego nos próximos seis meses reduziu-se pelo sétimo mês consecutivo em maio, para 6,3%, ante 7,1% em abril. De acordo com a FGV, foi a menor parcela registrada nesse quesito, na série histórica da pesquisa.

Por Agencia Estado
Atualização:

A parcela de consumidores que consideram a situação econômica do País melhor do que há seis meses diminuiu pelo quarto mês consecutivo em maio. A informação consta da 18ª Sondagem das Expectativas do Consumidor, referente a maio, e que foi divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a instituição, a parcela de consumidores que acreditavam em melhora passou de 14,1% em abril para 12,9% em maio. Além disso, a parcela de consumidores que acreditava que a situação atual do País está pior do que há seis meses aumentou para 28,2% em maio, ante parcela de 25,8% em abril. O mercado de trabalho continua sendo uma das principais preocupações dos consumidores. Para 55,2% dos entrevistados será mais difícil obter emprego nos próximos seis meses, proporção ligeiramente inferior ao registrado na pesquisa de abril (55,4%). Já a parcela dos consumidores que esperam maior facilidade para conseguir emprego nos próximos seis meses reduziu-se pelo sétimo mês consecutivo em maio, para 6,3%, ante 7,1% em abril. De acordo com a FGV, foi a menor parcela registrada nesse quesito, na série histórica da pesquisa. Ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou uma confiança diferente da apresentada pelos consumidores na pesquisa da FGV. Em resposta às análises negativas sobre a desaceleração do crescimento da economia do País, demonstrado pelo resultado do PIB do primeiro trimestre do ano, Lula disse que está "extremamente otimista" e, apesar de não ser economista, garantiu: "este ano, vamos surpreender outra vez", prometendo que o País terá uma "bela surpresa". Finanças pessoais Porém, a perspectiva dos consumidores em relação a suas próprias finanças é favorável. A parcela dos consumidores que acreditam que a situação econômica de suas famílias está melhor do que há seis meses subiu para 21,7% em maio, ante parcela de 20,4% em abril. Por sua vez, a parcela dos consumidores que avaliam como pior a situação econômica de suas famílias reduziu-se para 19,9% em maio, ante 21,6% em abril. Quanto às expectativas futuras, a parcela de consumidores que acreditam em melhora na situação econômica do País nos próximos seis meses passou de 40% em abril para 36,4% em maio. Por sua vez, a parcela de consumidores que acreditam em piora na economia do País, nos próximos seis meses, passou de 14,8% em abril para 16,2% em maio. Inflação e gastos A previsão média de inflação estimada pelo consumidor para o ano de 2005 passou de 8,95% em abril para 9,04% em maio. De acordo com a FGV, a parcela dos entrevistados que projetam maiores gastos nos próximos seis meses recuou para 13,6% em maio, ante 14,5% em abril. Entretanto, a parcela dos consumidores entrevistados que planejam reduzir os gastos, no mesmo período, diminuiu de forma mais intensa: de 52,5% em abril para 50,4% em maio. Ao comentar sobre a situação presente da família, no quesito que trata do equilíbrio orçamentário da família, na comparação de receitas e despesas, 13,8% dos consumidores disseram estar poupando em maio, ante parcela de 13,1% em abril. A parcela dos consumidores que responderam estar se endividando passou de 29,5% em abril para 25,9% em maio. Pesquisa De acordo com a FGV, a Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada em doze das principais capitais do País, com base em amostras representativas da população. A pesquisa é apurada e divulgada desde outubro de 2002 - com periodicidade trimestral até julho de 2004 e mensal desde então. A 18ª edição da Sondagem de Expectativas do Consumidor consultou 1.470 chefes de domicílio entre os dias 5 e 20 de maio de 2005.

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