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Pelo terceiro mês, greve de servidores do IBGE prejudica divulgação da taxa de desemprego

IBGE divulgou o desemprego somente de quatro regiões - Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo; a capital paulista foi a única região a registrar queda do desemprego

Por Yolanda Fordelone
Atualização:
Serviços cresceram no Rio de Janeiro em julho e Indústria recuou em Belo Horizonte no ano Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A greve dos servidores do IBGE acabou em agosto, mas os efeitos ainda são sentidos nas divulgações dos dados do órgão. Nesta quinta-feira, 21, o IBGE divulgou somente a taxa de desemprego de regiões metropolitanas: Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Ficou de fora da pesquisa Salvador e Porto Alegre. 

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É o terceiro mês em que não é possível concluir a pesquisa, já que em maio e junho ela também foi divulgada incompleta. Os servidores ficaram parados durante 79 dias. Na próxima divulgação da taxa, em 25 de setembro, serão informados os desempregos de agosto, julho, junho e maio. O órgão anunciou também que a pesquisa da Pnad Contínua também será adiada devido à greve e ao atraso da coleta de dados. 

A pesquisa de julho mostrou aumento da taxa de desemprego em três das quatro regiões. Em Recife, o indicador passou de 6,2% em junho para 6,6% em julho. Em Belo Horizonte, o desemprego subiu de 3,9% para 4,1%. No Rio de Janeiro, foi de 3,2% em junho para 3,6% em julho. Na direção contrária, em São Paulo o desemprego recuou de 5,1% para 4,9%. 

A variação foi considerada estável pelo IBGE. Apesar de o IBGE não ter divulgado a taxa média, o mercado já se antecipa e faz os cálculos. Segundo a consultoria Tendências, a taxa média de desemprego do País aumentou de 4,6% em junho para 4,7% em julho, já desconsiderados os efeitos sazonais. 

Com o resultado, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte registraram a menor taxa de desemprego para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, em março de 2002.

Em relação a julho de 2013, todas as quatro regiões apresentaram queda das taxas. Naquele mês, o desemprego era de 7,6% em Recife, 4,3% em Belo Horizonte, 4,7% no Rio de Janeiro e 5,8% em São Paulo.

Segundo o IBGE, em uma análise da população ocupada por atividade ocupada, aumentaram o setor de Serviços prestados às empresas na região metropolitana do Rio de Janeiro (alta de 8,3% no mês) e a Indústria em Belo Horizonte (queda de 8,1% no ano).

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Sem procurar trabalho. O aumento da inatividade vem ajudando a manter a taxa de desemprego em mínimas históricas nas principais regiões metropolitanas do País, segundo o IBGE. Mas a inatividade vem aumentando não pela eliminação de vagas, mas sim pela diminuição no número de pessoas em busca de emprego.

"Cada vez mais têm entrado pessoas de 50 anos ou mais nas amostras da população inativa. Além dessas, na parte mais velha da distribuição etária, percebemos também pessoas mais jovens. Então são os dois extremos de distribuição etária na inatividade, principalmente mulheres. Tanto que o nível da ocupação daquelas pessoas de 25 a 49 anos não tem tido prejuízo", diz Adriana Beringuy, técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

(Com informações da Agência Estado)

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