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Pelo terceiro trimestre consecutivo, GM apura perdas

Por Agencia Estado
Atualização:

A General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira que teve prejuízo no segundo trimestre, contrariando a previsão dos analistas, que esperavam resultados positivos. As perdas líquidas foram de US$ 286 milhões, equivalentes a US$ 0,51 por ação, frente a lucro de US$ 1,380 bilhão, ou US$ 2,42 por ação, do segundo trimestre de 2004. Descontando-se os gastos excepcionais do trimestre, entre eles uma carga por reestruturação na Europa de US$ 126 milhões, as perdas foram de US$ 318 milhões, ou US$ 0,56 por ação, mas os analistas tinham calculado que teria lucro de US$ 0,03. Este é o terceiro trimestre consecutivo de perdas para o maior fabricante de automóveis do mundo, que no primeiro trimestre do ano anunciou uma perda de US$ 1,1 bilhão. Nos resultados se destaca uma perda de US$ 948 milhões nas operações automotrizes, mas sua divisão financeira, que oferece empréstimos para a compra de veículos, teve lucro de US$ 816 milhões. Regiões Só na América do Norte, a divisão de automóveis registrou perdas de US$ 1,190 bilhão, enquanto na Europa teve lucro de US$ 37 milhões, comparadas com as perdas de US$ 45 milhões de um ano atrás. Especialmente bons foram seus resultados na China, onde as vendas cresceram 37% no segundo trimestre, frente a um crescimento médio desta indústria de 17%. Na América Latina, ganhou US$ 33 milhões, comparados com os US$ 10 milhões do segundo trimestre de 2004. Na Ásia, a montadora teve lucro de US$ 176 milhões, acima dos 60 milhões do primeiro trimestre e abaixo dos US$ 259 milhões de um ano atrás. O número de veículos vendidos passou dos 2,4 milhões do segundo trimestre de 2004 para 2,6 milhões, apesar de as receitas totais terem caído de US$ 49,3 bilhões de um ano atrás para US$ 48,5 bilhões. Situação A GM enfrentou um esfriamento das vendas de seus modelos de automóveis mais rentáveis e, como ocorre com outras empresas americanas do setor, tenta ganhar fatia de mercado e competir com os baixos custos de fabricantes asiáticos. Para tanto, lançou em junho uma agressiva campanha na qual oferece ao público descontos similares aos que dá a seus funcionários, o que permitiu aumentar as vendas e obrigou outros fabricantes a também fazer isso. No entanto, o aumento de 8,5% das vendas, que foi superior à média de 4% para o setor e permitiu aumentar sua cota de mercado de 14,7% de há um ano para 15,2%, não pôde compensar os custos de seguros médicos, pensões e de reestruturação na Europa.

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