PUBLICIDADE

Penhor é empréstimo barato e sem burocracia

A facilidade na obtenção do crédito é um dos maiores atrativos do penhor. Bastam alguns documentos e o bem a ser penhorado. Os juros mensais costumam ser menores, mas a taxa média total da operação pode chegar a 5% do empréstimo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com o aumento da taxa de juros, ficou mais difícil e mais caro conseguir dinheiro no mercado. A taxa Selic, taxa básica referencial da economia, passou de 18% para 21% ao ano, o que encarece e restringe o crédito ainda mais. E, ontem, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu mantê-la neste mesmo patamar. Para especialistas do setor, a tendência é de elevação ainda maior dos juros e restrição ao crédito, embora a economia esteja desaquecida e a demanda, enfraquecida (veja matéria no link abaixo). Diante deste cenário, o penhor surge como uma alternativa. Um dos seus maiores atrativos é a facilidade com que se obtém o crédito, além das taxas cobradas que costumam ser menores que as do empréstimo pessoal. Para penhorar um bem em troca do empréstimo, o interessado precisa ser maior de 21 anos e levar carteira de identidade, CPF, comprovante de residência e os bens a serem penhorados - jóias, pedras preciosas e metais nobres - a uma das agências da Caixa Econômica Federal. O limite a ser pago pela Caixa é de 80% do valor da avaliação do bem. Os juros e demais encargos são descontados previamente, no ato do empréstimo, e devem ser pagos novamente a cada renovação do contrato pelo prazo escolhido pelo cliente (28, 56 ou 84 dias). A renovação ocorre no vencimento do prazo e é necessária porque evita que o bem seja leiloado, caso o interessado não tenha todo o dinheiro para resgatar os bens. Uma vez vencido, o débito pode ser renovado quantas vezes o cliente quiser, mas, para isso, é necessário pagar novamente os juros e todos os encargos do contrato, de acordo com o prazo fixado anteriormente. Dados da Caixa revelam que o contrato costuma ser renovado em média nove vezes. O prazo também pode ser mudado no momento da renovação. Segundo informação da Caixa, o bem é leiloado em apenas 1% dos casos. Para valores até R$ 300, cobram-se juros mensais de 2,95% e, acima disso, de 3,5%. O valor mínimo para penhora é de R$ 30. Ou seja, a avaliação do bem no valor de R$ 37,50. Embora os juros sejam menores que os de mercado, a taxa média total da operação pode chegar a 5% do valor do empréstimo, se somada aos encargos pagos na hora da contratação. No penhor, não há necessidade de cadastro ou avalista. Portanto, até os inadimplentes têm a possibilidade de conseguir crédito. Veja na matéria do link abaixo todas as taxas e encargos cobrados no penhor.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.