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Pequenas empresas têm melhor nível de ocupação desde 2002

A pesquisa do Sebrae revelou um total de 5,8 milhões de ocupados - sendo 39% de sócios-proprietários e, 61%, empregados diretos ou de terceiros

Por Agencia Estado
Atualização:

Estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Sebrae de São Paulo mostrou que as micro e pequenas empresas (MPEs) do estado apresentaram o melhor janeiro dos últimos quatro anos em pessoal ocupado, crescendo 1,8% sobre o mesmo mês do ano passado. A pesquisa revelou um total de 5,8 milhões de ocupados - sendo 39% de sócios-proprietários e familiares e, 61%, empregados diretos ou de terceiros - , o que representou 4,4 funcionários por empresa. Este foi o terceiro janeiro consecutivo de expansão neste indicador neste tipo de comparação. O índice, de 4,4 pessoas, ficou próximo ao de janeiro de 2002, quando o total estava em 4,43; e superou os indicadores dos meses iniciais de 2003 (4,03), 2004 (4,23) e 2005 (4,32). O maior número de janeiro da série histórica do Sebrae pertence a 2001, quando o primeiro mês do ano registro média de 4,77 trabalhadores nas MPEs. De acordo com o Sebrae-SP, o desempenho positivo foi influenciado, principalmente, pelo crescimento de postos de trabalho no Comércio, com avanço de 4,7%; e pelas MPEs do município de São Paulo, com 3,9%. "Esse resultado se deve à ampliação do consumo das famílias ao longo de 2005", destacou a instituição. Porém, no setor industrial, houve queda de 2,7% sobre janeiro de 2005, enquanto, em Serviços, foi constatado aumento de 0,5%. Na Região Metropolitana de São Paulo, no interior paulista e no Grande ABC, o levantamento apurou crescimentos na ocupação de 1,7%, 1,8% e 0,8%, respectivamente. Expectativa Para 2006, a expectativa do Sebrae-SP é de manutenção do crescimento do número de vagas, em ritmo moderado de expansão, mais concentrado no segundo semestre. Segundo a instituição, devem contribuir para isso a "esperada queda nas taxas de juros", o crédito em expansão, os efeitos sazonais (no segundo semestre há maior atividade econômica) e efeitos positivos sobre o emprego decorrentes da Copa do Mundo de futebol e das eleições no País. Perfil O levantamento do Sebrae-SP mostrou que, do total de 5,8 milhões de pessoas ocupadas nas MPEs paulistas, 48%, ou 2,8 milhões de pessoas, estavam no Comércio; 34%, ou 1,9 milhão, em Serviços; e 18%, ou 1,1 milhão, nas indústrias de transformação. Por região, 299 mil trabalhadores do estado estão no Grande ABC; 2,9 milhões na Região Metropolitana de São Paulo e 2,9 milhões no interior paulista. A pesquisa do Sebrae-SP contou com a colaboração da Fundação Seade e ouviu 2,7 mil companhias de um total de 1,3 milhão em todo o Estado de São Paulo. Rendimento E não foi só o número de ocupados que aumentou. Ainda, segundo o Sebrae-SP, o rendimento médio real dos empregados diretos cresceu 3% em janeiro, em relação ao mesmo período de 2005. No primeiro mês de 2006, o rendimento chegou ao valor médio de R$ 668 no segmento. De acordo com o Sebrae-SP, o aumento foi puxado pelo setor de comércio, que aumentou em 3,9% a folha de pagamento, seguido por serviços, com 2,8%; e pela indústria, com 1,4%. O valor leva em conta salários fixos, honorários, comissões, ajuda de custo, 13º salário e abono de férias. A entidade destacou, porém, que, apesar da recuperação dos últimos dois anos, o valor médio ainda está 8,4% abaixo do registrado em janeiro de 2001, melhor mês de janeiro da série, quando o rendimento atingiu R$ 729. Setores Por setores, as MPEs da indústria pagam melhor: R$ 755, em média. Os empregados diretos do comércio receberam R$ 621 em janeiro e, no setor de serviços, o valor médio foi de R$ 710. Entre as regiões do estado, os empregados diretos do município de São Paulo receberam o maior rendimento médio: R$ 750. Na Região do Grande ABC, no Interior e na Região Metropolitana de São Paulo, as médias foram de R$ 746, R$ 611 e R$ 734, respectivamente.

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