
23 de março de 2009 | 19h57
Segundo ele, isso prova que o governo federal estava correto ao imaginar que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis resultaria na retomada das vendas no País. Ainda assim, ele ponderou que a prorrogação do benefício por mais três meses ainda não está certa. "Não sei de onde a indústria tirou essa certeza", afirmou.
De acordo com Jorge, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal ainda estão calculando os impactos da prorrogação da redução do IPI. "Essa não é uma discussão fácil. Precisamos de uma avaliação, que ainda está sendo feita pelo governo federal, sobre qual foi, entre aspas, a perda ou a redução tributária para fazermos a conta do que será mais positivo", explicou.
O ministro voltou a dizer que é contra a manutenção do benefício. "Eu já falei que sou contra a prorrogação do IPI. E se eu fosse a favor hoje eu não diria, pois estaria desestimulando as vendas", ironizou. Segundo ele, caso o governo decida prorrogar o benefício, é possível que sejam exigidas contrapartidas das montadoras. "É possível se discutir uma contrapartida, se bem que com a produção que temos hoje a contrapartida é natural. A indústria sempre diz que se você tem produção e vendas, você tem emprego. Não se pode exigir contrapartida quando não tem produção e vendas. Essa aí é uma equação que não fecha, uma equação impossível", declarou.
Miguel Jorge citou na entrevista que é possível a produção de veículos chegar a 260 mil unidades neste mês.
Encontrou algum erro? Entre em contato