12 de setembro de 2013 | 02h05
São preocupantes tanto os números do primeiro semestre como as previsões para o segundo semestre feitas pela comissão. Entre janeiro e junho, as exportações caíram, em média, 2%, mas México e Argentina exportaram +0,6% e +3,2%, respectivamente, enquanto o Brasil vendeu -2,4% para o exterior. Destacaram-se as exportações do Paraguai (+39,9%) e do Uruguai (+11,2%), em especial de commodities agrícolas, como a soja, e de carne.
Uma forte recuperação é esperada para este semestre, com aumento de 4,5% nas exportações regionais, acompanhada de queda (de 4,7% para 4,1%) do crescimento das importações entre o primeiro e o segundo semestres. Neste período, o País reduzirá de 6,4% para 2,8% o ritmo de crescimento de importações. Até a Venezuela, cujas exportações caíram 8,3%, entre janeiro e junho, deverá elevar as vendas externas em 7,5%, de julho a dezembro.
As projeções são otimistas, em especial para o Brasil. E, se forem cumpridas, o superávit comercial regional cairá de US$ 41 bilhões, em 2012, para apenas US$ 8 bilhões, em 2013.
A secretária da Cepal referiu-se à necessidade de que o País, o México e Trinidad e Tobago tenham "uma clara visão sobre para onde querem ir na integração regional". Até o fim da década, poderá haver uma "verdadeira redefinição das regras do comércio mundial", segundo a Cepal.
O pano de fundo é o avanço de acordos comerciais - Transpacífico, que inclui 12 países da América Latina, América do Norte, Ásia e Oceania, Transatlântico, entre Estados Unidos e União Europeia e a Associação Econômica Integral Regional (10 países da Asean mais Austrália, China, Índia, Japão, Nova Zelândia e Coreia). Para manter a posição, os países latino-americanos terão de fortalecer a capacidade tecnológica, de inovação e gerência. O Brasil atrasou-se, como indica a balança comercial, negativa até agosto.
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