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Permissão para aviões-espiões no Iraque acalma mercado

Por Agencia Estado
Atualização:

A notícia de que o Iraque permitirá sobrevôos dos U2 americanos melhorou o humor do mercado nesta tarde. Renovou-se alguma esperança de que a guerra poderá ser evitada. Por isso, a Bovespa conseguiu fechar em alta de 0,95%, com volume financeiro de R$ 484 milhões. Às 18 horas, a Nasdaq subia 0,57% e o Dow Jones operava em alta de 0,40%. Já a segunda reunião ministerial do governo Lula não trouxe notícias de impacto ao mercado. No entanto, aguardava-se com alguma ansiedade o detalhamento dos cortes do orçamento, que só seria feito pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega, depois do encerramento dos negócios. A permissão para os sobrevôos dos aviões-espiões americanos provocaram reviravolta nos mercados à tarde. A avaliação é que a postura mais acessível do governo iraquiano reduz a possibilidade de a ONU apoiar o início da guerra no curtíssimo prazo. Em consequência, as Bolsas em Nova York e os títulos da dívida externa brasileira zeraram à tarde as perdas da manhã. O dólar comercial no mercado doméstico fechou em baixa de 0,14%, a R$ 3,585. Pela manhã, o "pronto" subiu até 0,84%, a R$ 3,62. As incertezas decorrentes do risco de guerra no Iraque e também sobre à trajetória da inflação e do juro básico da econômica doméstica justificaram a demanda por juros mais altos, afirmaram players. A primeira prévia do IGP-M de fevereiro, divulgada após o fechamento do dólar, ficou em 0,89% (ante alta de 1,34% na primeira prévia de janeiro) e em linha com as projeções das instituições e empresas de consultoria. O mercado de juros futuros devolveu no período da tarde a alta moderada nas taxas registrada de manhã. Com pouco volume de negócios, os contratos de DI futuro encerraram o dia projetando juros ligeiramente em queda em relação ao fechamento de sexta-feira passada. Mesmo assim, os operadores continuam acreditando em uma nova elevação da Selic na próxima reunião do Copom.

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