A queda dos juros, que facilita o crédito aos investidores e consumidores, e o provável crescimento econômico acompanhado de relativa estabilidade, segundo Fábio Anderaos, gerente de Investimentos do BancoCidade Asset Management, são os principais fatores que favorecem os papéis de empresas do setor imobiliário. Anderaos comenta que o segmento residencial deve ser o mais favorecido. "A Rossi Residencial é uma boa empresa para investir, pois constrói residências a classes populares, que devem ser as mais favorecidas com o crescimento do País", afirma. O sócio-diretor da Fama Investimentos, Fábio Alperowitch, afirma, porém, que a Rossi, maior empresa do segmento residencial, atua em "terreno perigoso", por estar voltada a consumidores das classes D e E e supostamente sujeita a riscos maiores de inadimplência. Para ele, a ação mais indicada no setor é a da Brasil Realty, empresa que atua em grandes empreendimentos comerciais. Ambos concordam, no entanto, que o rendimento de ações das empresas mais líquidas do setor tende a superar a variação do Ibovespa - Índice que mede a valorização das ações de empresas mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) -, este ano. Eles lembram ainda que são poucos os papéis com volume significativo de negócios na Bolsa, o que dificulta o investimento, pois é mais difícil movimentar os recursos em compra ou venda. Mais opções Anderaos lembra também que há empresas que não atuam diretamente no setor, mas são favorecidas pela expansão da construção civil. "A Eucatex, a Duratex e a Gerdau, por exemplo, são empresas que devem acompanhar o crescimento do setor, pois seus produtos estão ligados à construção.