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Perspectivas para Brasil têm se deteriorado significativamente, diz secretário-geral da OCDE

Declaração foi apresentada ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional; economia mundial deve ter quinto ano consecutivo de crescimento em desaceleração

Foto do author Altamiro Silva Junior
Por Altamiro Silva Junior (Broadcast)
Atualização:

LIMA - As perspectivas para a economia do Brasil e da Rússia têm apresentado "deterioração significativa", segundo o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, em declaração apresentada ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês), órgão máximo que dá as diretrizes políticas para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Angel Gurría (centro) afirmou que a economia mundial deve ter em 2015 o quinto ano consecutivo de crescimento em desaceleração Foto: Eduardo Cavero/EFE

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Gurría ressalta na declaração da OCDE que a economia mundial deve ter em 2015 o quinto ano consecutivo de crescimento em desaceleração, em meio a um ritmo decepcionante de recuperação da zona do euro e expansão menor dos emergentes. Nestes últimos mercados, ele destaca que as situações são divergentes. Enquanto a Índia é o destaque positivo, com previsão de crescimento superior a 7% este ano e no próximo, a economia chinesa desacelera. Para Brasil e Rússia, o cenário tem se deteriorado significativamente. 

Nos países desenvolvidos, Estados Unidos e Reino Unido devem ter os ritmos mais fortes de expansão. "No geral, em 2016, o crescimento global será liderado pela contínua recuperação nas economias avançadas", afirma Gurría no documento. 

Duas importantes fontes de incerteza permanecem no cenário para a economia mundial, segundo o secretário da OCDE. A primeira é uma desaceleração da China em patamar maior do que o previsto, o que afetaria a atividade econômica de vários países e os fluxos internacionais de comércio. A segunda fonte de preocupação é que uma deterioração adicional nas expectativas para os emergentes pode desencadear turbulência no mercado financeiro internacional, que por sua vez pode ter impacto na atividade dos países desenvolvidos.

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