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Pesquisa aponta recuo no rendimento dos trabalhadores

Por Agencia Estado
Atualização:

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Seade, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), reforça a informação de expressiva queda de rendimentos dos trabalhadores na Grande São Paulo. Embora o rendimento médio dos ocupados tenha subido 2,2% em abril na comparação com março, e o dos assalariados tenha aumentado 1,3%, a comparação anual indica as retrações de 10,5% e 8,6%, respectivamente, tomando como base o Índice de Custo de Vida (ICV) apurado pelo Dieese no período. "Nos encontramos nos mais baixos patamares de renda da série histórica da pesquisa", informou hoje a gerente de Análise de Pesquisas da Fundação Seade, Paula Montagner. Todos os setores foram afetados A queda dos rendimentos dos trabalhadores foi registrada em todos os setores da economia. Os trabalhadores autônomos foram os que mais sofreram com a queda de seus rendimentos, de 21,3% na comparação de abril de 2003 para abril de 2002. Entre os assalariados e que atuam no setor privado, a retração foi de 9,5%. Os empregados do setor industrial viram seus salários depreciarem 11,3% no período, enquanto no comércio o recuo foi de 7,3% e, em serviços, a redução foi de 8,1%. A pesquisa mostra que, na relação entre os meses de abril dos dois anos, a massa de rendimentos sofreu queda de 9,8%, enquanto a de salários recuou 7,7%. "Em ambos os casos, esse comportamento deveu-se ao desempenho negativo do rendimento médio, atenuado pelo pequeno crescimento do nível ocupacional", justifica a pesquisa.

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