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Pesquisa do BC confirma queda na perspectiva para o PIB

Nesta semana, o IBGE divulga o resultado do PIB do 3º trimestre e há a expectativa de que o resultado fique negativo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela quarta vez consecutiva, a pesquisa semanal do Banco Central (BC) apontou queda na expectativa de crescimento para este ano. De acordo com a apuração, as projeções de mercado para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 caíram de 3,09% para 3%. Há quatro semanas, esta previsão estava em 3,31%. Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o resultado do PIB do 3º trimestre e há a expectativa de que o resultado fique negativo. Com a nova redução, as previsões de expansão do PIB ficaram ainda mais distantes dos 3,4% esperados pelo próprio BC. As expectativas de crescimento da produção industrial neste ano seguiram a mesma tendência de queda e recuaram de 3,69% para 3,56%. Esta foi a quinta redução seguida destas previsões, que estavam em 4,26% há quatro semanas. Para 2006, as estimativas de crescimento do PIB permaneceram estáveis em 3,50% pela 30º semana seguida. As previsões de expansão da produção industrial no próximo ano também não se alteraram e prosseguiram em 4,50% pela 13º semana consecutiva. Inflação A pesquisa apontou ainda uma expectativa mais alta para a inflação neste ano. A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2005 subiu de 5,53% para 5,59% - mais distante da meta perseguida pelo BC de 5,1%. Esta foi a quarta elevação consecutiva dessas previsões, que estavam em 5,31% há quatro semanas. Apesar disso, o porcentual estimado se encontra dentro do intervalo de tolerância da meta central de 4,5% para 2005, que é de 2,5 pontos porcentuais para cima ou para baixo. Para 2006, as estimativas de variação do IPCA ficaram estáveis em 4,55%. O porcentual ainda é um pouco superior à meta central de 4,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano. Apesar disso, este porcentual também está dentro do intervalo de tolerância da meta central de 4,5%, que no próximo ano será de apenas 2 pontos porcentuais, para cima ou para baixo. As previsões de inflação para este mês de novembro subiram pela terceira semana consecutiva e avançaram de 0,40% para 0,45%. Há quatro semanas, estas projeções estavam em 0,37%. As estimativas de inflação para dezembro próximo permaneceram estáveis em 0,37%. Selic deve encerrar o ano em 18% Apesar da expectativa de inflação maior, os analistas não mudaram a previsão para a taxa de juros - que é definida pelo BC de acordo com o comportamento da inflação. As projeções de mercado para a taxa de juros no fim do ano ficaram estáveis em 18%. Esta perspectiva embute uma previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduz a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 0,50 ponto porcentual na reunião de dezembro - atualmente a Selic está em 18,5% ao ano. As previsões de taxa média de juros para este ano também não mudaram e prosseguiram em 19,15% ao ano pela 11º semana seguida. Para o final de 2006, as estimativas de taxa de juros ficaram estáveis em 15,50% ao ano. Há quatro semanas, estas previsões estavam em 16%. As expectativas de taxa média de juros para o próximo ano, por sua vez, recuaram de 16,39% para 16,38% ao ano. Esta foi a segunda queda consecutiva destas previsões, que estavam em 16,46% há quatro semanas. Dólar Na pesquisa, as projeções de mercado para a taxa de câmbio no final deste ano ficaram estáveis em R$ 2,25 em pesquisa semanal do Banco Central (BC) divulgada há pouco. Há quatro semanas, estas expectativas de câmbio para o fim do ano estavam em R$ 2,30. Para o final deste ano, as estimativas de câmbio subiram de R$ 2,21 para R$ 2,22. As previsões de câmbio para o fim de 2006 também não mudaram e seguiram estáveis em R$ 2,45. Há quatro semanas, estas expectativas estavam em R$ 2,50. Investimentos As projeções de mercado para o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) em 2006 caíram de US$ 16 bilhões para US$ 15,95 bilhões. Para este ano, as previsões de fluxo de IED ficaram estáveis em US$ 16 bilhões pela 12º semana consecutiva.

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