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Pesquisa eleitoral é positiva, mas inflação não

A divulgação da pesquisa eleitoral do Ibope, confirmando a consolidação do candidato tucano em segundo lugar, é a notícia positiva de hoje. Por outro lado, a primeira prévia do IGP-M de junho veio acima das expectativas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O início dos negócios no mercado financeiro deve ser influenciado positivamente pela divulgação da pesquisa eleitoral do Ibope, que confirmou a consolidação do candidato tucano em segundo lugar nas intenções de voto. Os números do Ibope, divulgados ontem à noite, são parecidos com os do Datafolha. O pré-candidato pelo PT, Lula, aparece com 39% das intenções de voto e Serra, do PSDB, com 19%. A percepção de que o candidato do governo vai disputar o segundo turno está deixando os investidores mais sossegados como mostra a taxa de risco Brasil, que havia recuado para 1.106 pontos, queda de 3,30% em relação ao fechamento de ontem. O C-bond (título da dívida brasileira mais negociado no exterior), por sua vez, subia 1,32%, cotado a 70,66 centavos de dólar. Há pouco, o dólar comercial estava sendo cotado a R$ 2,6420, com alta de 0,23% em relação aos últimos negócios de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagam taxas de 19,100% ao ano, frente a 19,200% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 0,38%. A boa vontade demonstrada pelo Banco Central e pelo Tesouro em trocar títulos longos por papéis mais curtos também contribuiu para essa recuperação do mercado. Hoje o Tesouro leiloa LTN (títulos prefixados) com vencimento em 2 de outubro deste ano, antes do primeiro turno das eleições, embutindo o risco FHC. Os investidores relevaram a alta bem acima do esperado da primeira prévia do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) de junho, que ficou em 0,68% (as estimativas eram de uma taxa entre 0,25% e 0,55%). O resultado não chegou a influenciar as apostas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana. Boa parte dos analistas continua esperando um corte na taxa de juros referencial da economia, a Selic.

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