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Pesquisa: Ibovespa cai a 50 mil pts no fim do ano com vitória de Dilma e sobe com derrota da presidente

Se Dilma perder a eleição, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano, a 65 mil pontos no meio de 2015 e a 69 mil pontos no fim do próximo ano

Por ASHER LEVINE
Atualização:
Em ambos os cenários, as ações devem ser afetadas por uma série de ajustes econômicos Foto: Divulgação

O futuro da bolsa brasileira depende da eleição presidencial de outubro, podendo cair até o fim do ano caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita, segundo pesquisa da Reuters.

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O Ibovespa, principal índice de ações do Brasil, acumula alta de cerca de 10 por cento neste ano até o fechamento de 24 de setembro, impulsionado pela expectativa de uma mudança na Presidência.

Algumas das maiores altas diárias nos últimos meses aconteceram após pesquisas mostrarem queda nas intenções de voto de Dilma e avanço de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Levantamentos recentes mostrando alguma perda de terreno de Marina e fortalecimento de Dilma, com acirramento da disputa entre ambas na simulação de segundo turno, fizeram com que a bolsa reduzisse seu fôlego, segundo profissionais do mercado de renda variável.

Analistas consultados na semana passada forneceram estimativas para o Ibovespa considerando dois cenários.

Se Dilma for reeleita, o índice deve terminar o ano em 50 mil pontos, em queda de 12 por cento frente ao nível atual. O Ibovespa iria então para 52,5 mil no meio do ano que vem e atingiria 56,5 mil pontos no fim de 2015, segundo a mediana das projeções na pesquisa com 16 estrategistas e analistas.

Se Dilma perder a eleição, o Ibovespa deve subir a 63.770 pontos até o fim do ano, a 65 mil pontos no meio de 2015 e a 69 mil pontos no fim do próximo ano, segundo a pesquisa.

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Em ambos os cenários, as ações devem ser afetadas por uma série de ajustes econômicos, incluindo a redução dos gastos públicos e o aumento nos preços da gasolina.

"Se Dilma ganhar, provavelmente vamos ver ela reforçando a estratégia que ela tem seguido e que não tem sido bem-sucedida", disse o gestor de portfólio da Cultinvest Asset Management, Felipe Cosi, em São Paulo.

"Se Marina ganhar, ela deve dar sinais positivos para o mercado, mas ela ainda vai ter que colocar a economia nos trilhos. A grande questão é de que forma os ajustes vão acontecer", acrescentou.

(Reportagem adicional de Silvio Cascione, em Brasília)

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