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Pesquisa indica retomada da produção industrial

De acordo com Sondagem da CNI, indicador da atividade aponta ritmo acelerado no segundo semestre

Por Eduardo Rodrigues BRASÍLIA
Atualização:

A produção industrial brasileira voltou a crescer de forma disseminada em julho, segundo Sondagem Industrial divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala onde valores acima dos 50 pontos apontam crescimento, o indicador que mede a evolução da atividade chegou a 53,4 pontos, ante 51,8 pontos em junho.Depois de pisar no freio no segundo trimestre de 2010, a produção industrial deve voltar a crescer em ritmo acelerado no segundo semestre, avalia o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. "O segundo trimestre foi de acomodação até um pouco acima do esperado, mas a produção volta a crescer e as expectativas sobre a demanda estão bastante altas", disse o economista."Como o período de maior atividade na indústria vai de julho a novembro, vamos ter um momento de reativação e retorno a um nível forte de expansão." Segundo a CNI, apesar do aumento na produção, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) em julho ainda ficou abaixo do usual no mês. Seguindo a mesma metodologia, o uso do parque instalado ficou em 49,1 pontos, ante 48,4 pontos no mês anterior.A sondagem também revela que, pela primeira vez no ano, os estoques ficaram acima do planejado pelos empresários, com indicador em 51,3 pontos. "Esse dado mostra que a produção da indústria foi mais do que suficiente para atender à demanda no período", afirmou o documento.Para Castelo Branco, a queda na demanda no segundo trimestre levou à acumulação de estoques no período, assim como motivou a menor utilização do parque instalado. "Com a retomada da produção em agosto, a UCI deve se aproximar dos 50 pontos daqui para frente", concluiu. Realizada com 1.472 empresas entre 2 e 18 de agosto, a pesquisa também indica que as expectativas na indústria continuam positivas. O indicador da perspectiva dos empresários para a demanda nos próximos seis meses situou-se em 63,1 pontos, o que influenciou as pretensões de compra de matérias-primas, cuja variante ficou em 60,7 pontos. Mas, ante a lenta recuperação do mercado internacional, as perspectivas em relação às exportações permanecem mais conservadoras, com 51,8 pontos.RetomadaPara especialistas, o desemprego em queda, a elevação da massa salarial e a continuidade do crescimento da confiança do consumidor são indutores do crescimento no segundo semestre

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