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Pesquisa mostra ritmo lento na economia

Por Agencia Estado
Atualização:

A atividade econômica manteve ritmo lento durante o primeiro semestre deste ano. É o que mostra a 156ª Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, de caráter trimestral e referente aos meses de maio, junho e julho, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). As respostas do empresariado relacionadas à situação atual foram as piores desde julho de 2003. Segundo a pesquisa, a parcela dos industriais que acreditam em demanda fraca passou de 16% no primeiro trimestre para 27% no segundo trimestre. O porcentual dos que acreditam em demanda forte ficou praticamente estável - passou de 15% para 14%. A FGV informa que 10% dos empresários acreditam que os estoques estão excessivos, contra 14% no levantamento anterior. Já os que consideram os estoques insuficiente permaneceu em 2%. A sondagem mostra que o número de empresários que acham fraco os negócios passou de 19% para 29% hoje. Já 16% vêem como boa a situação dos negócios, contra 16% na pesquisa do primeiro trimestre. A fundação ouviu 930 empresas entre os dias 28 de junho a 25 de julho. O levantamento é realizado, trimestralmente, desde 1966. Crise não é o motivo A crise política não está relacionada à piora nas expectativas do empresariado brasileiro, apurada pela 156ª Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, referente ao segundo trimestre e divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A avaliação é do economista da FGV, Aloísio Campelo, em entrevista coletiva sobre o levantamento. Segundo ele, o "sentimento de piora da situação atual", detectado pela pesquisa está relacionado a outros fatores. "Parece que isso tem mais a ver com a redução de margens de lucro. Com a taxa de câmbio valorizada e a taxa de juros alta, os empresários estão esperando diminuição nas margens de lucro em 2005, ante 2004", afirmou, explicando que esses dois fatores prejudicam as demandas externa e interna, respectivamente.

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