PUBLICIDADE

Publicidade

Pesquisa registra 83 mil novos candidatos a emprego

Por Agencia Estado
Atualização:

O mês de dezembro do ano passado acumulou recordes positivos e negativos em relação ao emprego na Região Metropolitana de São Paulo. A taxa global de participação na região passou de 63,3% em novembro do ano passado para 63,8% no mês seguinte. Este aumento representou o ingresso de 83 mil pessoas procurando emprego e foi o maior registrado pela Fundação Seade e o Dieese desde 1985. Com o crescimento, a População Economicamente Ativa (PEA) foi estimada em 9,399 milhões de pessoas. "Tal comportamento, associado à criação de 78 mil ocupações, refletiu na relativa estabilidade do contingente de desempregados", disse Sérgio Mendonça, diretor-técnico do Dieese. Dezembro também registrou o maior patamar do ano em relação ao tempo médio despendido na busca por um trabalho, passando de 51 semanas, em novembro, para 52 (um ano). Além disso, o período é superior em quatro semanas ao de dezembro de 2000. Desempregados chegaram a 348 mil em dezembro Também comparada a dezembro de 2000, a taxa de desemprego total na região aumentou 9,9% no último mês do ano passado, em virtude da incorporação de 348 mil pessoas na força de trabalho (procurando emprego), número maior que o de ocupações criadas no período (141 mil), o que resultou em um aumento de 207 mil pessoas desempregadas. "O mercado de trabalho deu uma resposta favorável, com a criação de 141 mil postos, mas a pressão foi gigantesca (348 mil pessoas)", considerou. No mês analisado pela Fundação Seade e o Dieese, a Indústria criou 31 mil postos, o Comércio aumentou o número de vagas em 20 mil e o setor de Serviços registrou elevação de 33 mil ocupações. O agregado "Outros Setores", no entanto, apresentou queda de 6 mil postos em dezembro, tanto nos serviços domésticos, como na construção civil. Após oito meses apresentando tendência de declínio, o nível de ocupação industrial aumentou 2,1% em praticamente todos os ramos de atividade, destacando-se os de Química e Borracha (6,8%) e Metal-Mecânica (2,4%). A exceção ficou por conta do ramo de Alimentação (-6,9%). O total de ocupados nos Serviços variou 0,8%, depois de permanecer dois meses praticamente inalterado, decorrente, principalmente, dos segmentos de Reformas (7,7%), Oficina Mecânica (7,3%), Educação (4,8%), Limpeza e Outras Oficinas (4,5%) e Especializados (2,3%), compensando os decréscimos registrados nos ramos de Saúde (3,8%), Transportes (2,1%) e no agregado Outros (1,1%). Renda média continua em declínio O rendimento médio dos trabalhadores registrou uma pequena variação negativa de 0,5% em novembro, dando continuidade à trajetória de declínio dos três meses anteriores. A remuneração média dos assalariados apresentou decréscimo mais acentuado (1,1%), repetindo movimento registrado em outubro. Esses rendimentos passaram a eqüivaler a R$ 845,00 e R$ 873,00, respectivamente, com decréscimos de 13,9% e 10,9%. O valor máximo obtido pelos 10% de ocupados mais pobres, diminuiu 2,1% e o valor mínimo recebido pelos 10% mais ricos decresceu 0,7%. Esses valores passaram a corresponder a R$ 180,00 e R$ 1.800,00 em novembro. A jornada média de trabalho dos assalariados aumentou três horas, entre novembro e novembro, e passou para 45 horas semanais, média inferior a de dezembro de 2000.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.