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Pesquisar preço é arma do consumidor contra reajuste, diz Idec

Sem interferência do governo, consumidor deve se beneficiar da concorrência para pagar menos pela gasolina

Por Giuliana Vallone
Atualização:

A redução da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis para neutralizar o reajuste feito pela Petrobras na última semana não foi suficiente para evitar que os postos aumentassem o preço da gasolina. O mercado de combustíveis no Brasil é livre desde 2002, o que significa que os comerciantes podem reajustar os preços sempre que quiserem, sem a interferência do governo. Nesse cenário, como o consumidor pode fazer para evitar pagar mais pela gasolina?   Veja também: Ouça a íntegra da entrevista com Marcos Diegues  Álcool ou gasolina? Calcule a opção mais econômica  Especial: Preço do petróleo em alta  A exploração de petróleo no Brasil   Segundo Marcos Diegues, gerente jurídico do Instituto Brasileiro de Defesa de do Consumidor (Idec), a saída é fazer uma pesquisa de preços. "A única forma de o consumidor fugir de reajuste de preços é buscar um fornecedor que não tenha aplicado esse reajuste, por motivos variados, ou deixando de comprar. Não existe outra", afirmou.   Para Diegues, é a concorrência que vai fazer os postos manterem os preços dos combustíveis. "O que faz com que ele não aumente é o que seu vizinho também não aumente, e se ele o fizer eventualmente ele vai perder clientes para a concorrência", disse.   Ele ressaltou que nem mesmo as autoridades do governo podem coibir esses aumentos nos postos, justamente pelo fato de o mercado no País ser livre. "Não era necessário que houvesse reajuste nas distribuidoras para que o comerciante, ou seja o posto, aumentasse o seu produto. Ele poderia aumentar a qualquer momento", explicou. "Procurar o preço mais baixo é a única arma que o consumidor tem na mão."   O gerente do Idec alertou, porém que consumidor deve ter cuidado na busca pelos melhores preços, pois há diversas notícias de combustíveis adulterados no mercado. "Se o preço for muito baixo, o consumidor deve desconfiar", afirmou.   Diegues sugeriu que o consumidor acompanhe os preços praticados pelo mercado. "Ele tem que estabelecer uma média entre os preços. Hoje nós temos combustíveis sendo vendidos entre R$ 2,40, R$ 2,50. Se eventualmente você encontrar alguém vendendo gasolina a R$ 2,30, R$ 2,20, deve desconfiar", disse. "Tem algo de estranho senão todos estariam cobrando em torno desse preço. É essa a sensibilidade que o consumidor deve ter."

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