Publicidade

Pessimismo do consumidor derruba juro do T-Bond

Após a notícia de que o índice de confiança do consumidor dos EUA atingiu seu nível mais baixo desde outubro de 1996, o juro dos T-Bonds 30 anos caíram para 5,6230%, na mínima.

Por Agencia Estado
Atualização:

O índice de confiança do consumidor norte-americano, divulgado no início da tarde pela Conference Board, selou as apostas de que o Comitê de Mercado Aberto, do Federal Reserve, fará um corte agressivo nas taxas básicas de juro dos EUA. O índice caiu para 114,4, em janeiro, o nível mais baixo desde dezembro de 1996, confirmando uma acentuada deterioração da confiança dos consumidores. Uma análise mais profunda do índice mostra que os consumidores estão mais inseguros em relação ao futuro. O índice de expectativas despencou para 77,0 em janeiro, de 96,9 no mês anterior, situando-se agora no nível mais baixo desde outubro de 1996. Na quinta-feira da semana passada, o presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, disse que há divergências entre os economistas quanto ao que constitui uma recessão, mas que um ponto de inflexão importante para o Fed era a confiança dos consumidores. Segundo ele, o que é crucial para o Fed é se a desaceleração da economia "alcança a confiança do consumidor". Os títulos do Tesouro norte-americano reagiram com força aos dados. Os investidores ampliaram as compras dos papéis e o juro, que segue caminho oposto, recuou. No caso do juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos, a mínima foi de 5,6230%. Há pouco, o juro estava em 5,6250%. Além do dado sobre o sentimento do consumidor, saiu também o levantamento do Instituto Redbook, que mostrou aumento de 2,2% das vendas do varejo nas primeiras quatro semanas de janeiro, na comparação com a mesma semana de dezembro. O desempenho foi creditado às promoções do varejo, que serviram de imã para atrair compradores. Nos mercados acionários nova-iorquinos, as ações vagaram sem direção durante o início da sessão. O desinteresse dos investidores era traduzido pelos índice referenciais. O Dow Jones subia 0,42%, enquanto o Nasdaq avançava 0,25%, às 14h25. Excluindo as expectativas sobre a reunião do Fomc, o único fato que conseguiu mexer com o mercado foi o balanço da Nokia. A empresa finlandesa, líder na fabricação de telefones celulares, informou lucros e taxa de crescimento das vendas vigorosos, mas suas previsões cautelosas para o primeiro trimestre e para todo o ano de 2001 acabaram ofuscando os dados positivos. Os papéis da Nokia caíram 7,5% em Helsinque e influenciaram outros ativos do setor de telecomunicações, principalmente, na Europa. Com isso, os índices referenciais perderam o caminho ascendente. O índice Xetra-DAX, de Frankfurt, caía 0,4%, enquanto o FT-100, perdia 0,03%, às 13h53.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.