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Pessimismo do empresariado da indústria bate recorde em setembro, diz CNI

O Índice de Confiança do empresário da indústria caiu para 35,7 pontos, o mais baixo desde quando o indicador foi criado, em 1999

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Por Eduardo Rodrigues
Atualização:

BRASÍLIA - Depois de um breve momento de estabilidade em agosto, o pessimismo dos empresariado industrial voltou a bater recorde em setembro, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 18, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo de 50 pontos representam deterioração na avaliação sobre a economia e as expectativas para o futuro, o Índice de Confiança do setor (Icei) caiu para 35,7 pontos, o mais baixo desde quando o indicador foi criado, em 1999.

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O momento de maior pessimismo na indústria nos últimos 16 anos é 10,9 pontos pior do que o verificado há apenas um ano, em setembro de 2014. Além disso, com o resultado, a pesquisa completa um ano e meio abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

Para se ter uma ideia do quanto os empresários da indústria perderam a confiança, o indicador deste mês está 19,8 pontos abaixo da média história do Icei. Ou seja, normalmente a pesquisa sempre refletiu mais otimismo - média de 55,5 pontos - do que pessimismo por parte do setor.

Considerando apenas a avaliação sobre as condições atuais economia brasileira, o indicador de setembro é muito pior. Na mesma escala em que valores abaixo dos 50 pontos significam pessimismo, a avaliação dos empresários sobre a atividade no País caiu para apenas 18,5 pontos, ante 31,5 pontos em setembro de 2014, mostrando uma rápida deterioração desde o período eleitoral do ano passado. Já a avaliação dos executivos da indústria com relação a suas próprias empresas mostra um pessimismo de 32,2 pontos, ante 42,6 pontos no mesmo mês do ano passado.

Olhando o Icei pelo lado das expectativas para os próximos seis meses, a avaliação dos empresariado sobre a economia brasileira caiu para 29,7 pontos. Em agosto estava 31,3 pontos e, um ano atrás, em 42 pontos. Da mesma, as expectativas para os negócios de cada companhia também pioraram neste mês, passando para 45,2 pontos, ante 46,6 pontos em agosto. Em setembro de 2014, ainda havia um otimismo de 54,6 pontos nesse quesito.

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