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Pessimismo mundial e Selic a 19% ao ano

Ontem à noite o Copom manteve a Selic em 19% ao ano, conforme esperavam os analistas. É crescente a preocupação com a recessão norte-americana e com a retaliação militar aos ataques da semana passada. Para Brasil e Argentina, as perspectivas são ruins.

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou sua reunião mensal ontem para discutir a Selic, a taxa básica referencial de juros da economia. Conforme esperado pela grande maioria dos analistas, a taxa foi mantida em 19% ao ano. O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já havia declarado que não há espaço para quedas nos juros, especialmente depois dos ataques terroristas aos Estados Unidos. Tanto Brasil como Argentina já trabalhavam com a possibilidade de problemas no futuro devido à redução de investimentos diretos estrangeiros e desinteresse crescente dos investidores por títulos de mercados emergentes. Agora, a recessão mundial é certa, e a dificuldade dos dois países em cobrir o rombo de suas contas externas aumenta muito. A deterioração da situação dos países emergentes é tema dos principais jornais mundiais nessa semana. E a guerra envolvendo os Estados Unidos aumenta o cenário de incertezas. Sua duração e magnitude pode definir a agenda da recuperação econômica. Quanto mais radical e custoso for o conflito, maior tende a ser a cautela de consumidores e investidores, reduzindo o crescimento da economia. Se for possível, porém, um conflito rápido e bem-sucedido pode abrir caminho para uma retomada no curto prazo. A má notícia é que isso não parece provável. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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