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Pessimismo volta aos mercados

Baixo volume de negócios, em parte causado pelo feriado nos EUA, favoreceu a especulação nos mercados. O pessimismo voltou, praticamente anulando recuperações observadas nas cotações após leilão do Banespa. Argentina volta a preocupar.

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com as bolsas nos Estados Unidos fechadas por causa do feriado do Dia de Ação de Graças, os mercados reagiram com pessimismo às últimas notícias da Argentina. Com isso, as recuperações do início da semana, causadas principalmente pela privatização do Banespa, foram quase totalmente revertidas. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,80%. Os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - fecharam o dia pagando juros de 18,200% ao ano, frente a 17,590% ao ano ontem. E o dólar fechou em R$ 1,9540, com alta de 1,09%. O fraco volume de negócios favoreceu a especulação. O fato novo na Argentina refere-se a uma entrevista do vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Stanley Fisher, declarando que ainda há o risco de um calote Argentino dada a fragilidade da situação das contas públicas e que o Fundo esperará a aprovação de todas as medidas anunciadas pelo governo para a liberação do pacote de ajuda multilateral, que, estima-se, fique em torno de R$ 20 bilhões. De qualquer forma, os ânimos estão um pouco alterados na Argentina, devido à realização de uma greve geral no país, contra as medidas econômicas. Já é a terceira greve geral em menos de um ano do governo do presidente Fernando de la Rúa. O diretor de Política Monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, esclareceu hoje que a decisão de manutenção da Selic, a taxa básica referencial da economia, em 16,5% ao ano anunciada após a reunião de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom) deveu-se a seis razões. Todas são fatores que compõem a conjuntura externa: a continuidade da elevação dos preços do petróleo e da crise na Argentina, as incertezas em relação à desaceleração da economia norte-americana, que pode estar entrando em recessão, a desvalorização do euro, a crise no Oriente Médio e a forte oscilação experimentada pelas bolsas de valores.

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