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Petrobras assina acordo que ajudará a atuar no Peru

Em memorando de entendimento assinado com estatais locais, a empresa se compromete a avaliar a ampliação e modernização da Refinaria de Talara

Por Agencia Estado
Atualização:

Um mês após perder a disputa por uma refinaria na Colômbia, a Petrobras assinou um acordo com o governo peruano que pode lhe render capacidade de refino no país andino. Em memorando de entendimento assinado nesta quarta-feira com as estatais locais Petroperu e Perupetro, a estatal brasileira se compromete a avaliar a ampliação e modernização da Refinaria de Talara, localizada em uma região onde a empresa já produz 15 mil barris de petróleo por dia. O convênio foi assinado em cerimônia com presença do presidente do Peru, Alan Garcia, e lista ainda a análise conjunta de projetos nas áreas de comercialização e revenda de combustíveis, ampliação do terminal de recebimento de óleo de Bayóvar, aproveitamento do gás natural no mercado interno, biocombustíveis e exploração e produção de petróleo. Atualmente, a Petrobras tem 57,5 mil quilômetros quadrados de áreas exploratórias no Peru, localizadas perto do campo gigante de gás de Camisea. A refinaria de Talara tem capacidade para processar 62 mil barris de petróleo por dia. A estatal Perupetro já anunciou um programa de modernização da unidade, para adequar os equipamentos aos novos padrões de qualidade de combustíveis e garantir o uso de um volume maior de petróleo pesado, que é produzido no país. A avaliação dos projetos deverá levar um ano. Japão A Petrobras anunciou nesta quarta a captação de US$ 300 milhões no Japão. É a primeira vez que a empresa vai ao mercado após a obtenção do nível de "investment grade" pela agência de classificação de risco Moody´s. Os recursos serão usados para a compra dos dutos que interligarão as plataformas P-51, P-52 e P-53 ao sistema de escoamento da produção da Bacia de Campos. Segundo nota divulgada pela empresa, o objetivo da operação foi reabrir o mercado japonês, de onde estava ausente desde 1997, acessar uma nova base de investidores e aproveitar a redução do custo após a conquista do investment grade. A companhia obteve um prazo de 10 anos e juros de 2,15% ao ano. A operação foi garantida parcialmente pelo Japan Bank for International Cooperation (Jbic), e liderada pelo Mitsubishi UFJ Securities e pela Nomura Securities Co. Ltd.

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