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Petrobras aumenta diesel no interior do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobrás aumentou em até R$ 0,05 por litro o preço do diesel vendido no interior do País, segundo representantes dos revendedores. A medida tem o objetivo de equalizar o preço entre as diversas especificações do produto existentes no Brasil (interior, metropolitano e S500, cada um destinado a regiões específicas). A diferença de preços era considerada uma das principais distorções no mercado do combustível: segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a venda de diesel interior, mais barato, em regiões metropolitanas representa a maior incidência de fraudes neste segmento. A classificação dos tipos de óleo diesel varia de acordo com o teor de enxofre existente no produto, ou seja, de seu potencial de produzir poluição. O menos poluente - e, portanto, mais caro - é o S500, lançado anteontem pela estatal e será vendido em sete regiões metropolitanas. O metropolitano, voltado para algumas capitais e grandes cidades, vem em segundo lugar. A diferença entre este e o interior era de R$ 0,015, o que já favorecia a ocorrência de fraudes. Agora, com o lançamento do S500, R$ 0,05 mais caro, a expectativa era que as distorções aumentassem. "Os revendedores já notavam uma queda de vendas em postos metropolitanos, já que é mais vantajoso para grandes consumidores, como caminhoneiros, abastecer o tanque em postos no interior", disse o presidente do Sindicato das Empresas do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouvêa. O reajuste - a Petrobrás prefere a expressão equalização de preços - foi promovido na última sexta-feira, dois dias antes do lançamento oficial do diesel S500. Com o novo produto, que consumiu investimentos de US$ 750 milhões, a Petrobrás espera contribuir para uma redução na emissão de poluentes nas grandes cidades. Durante a cerimônia de lançamento, o diretor de Abastecimentyo da empresa, Paulo Roberto Costa, disse que os custos de produção eram maiores e, por isso, o preço final também seria. A medida pode ter impacto no custo dos transportes no Brasil, já que grande parte da produção nacional é transportada por caminhões. A estatal não comentou o assunto.

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