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Petrobrás aumentará capital social para até R$ 30 bilhões

Os acionistas da Petrobrás autorizaram a empresa a aumentar seu capital social para até R$ 30 bilhões. A decisão permite à estatal praticamente dobrar seu capital, hoje de R$ 16,291 bilhões

Por Agencia Estado
Atualização:

Os acionistas da Petrobrás autorizaram a empresa a aumentar o seu capital social para até R$ 30 bilhões. A decisão, tomada em assembléia realizada na última segunda-feira, permite à estatal praticamente dobrar seu capital, atualmente em R$ 16,291 bilhões. A empresa conseguiu ainda autorização para o lançamento de R$ 2,5 bilhões em debêntures conversíveis em ações preferenciais, sem passar pelo crivo dos acionistas. A modificação no estatuto da companhia foi proposta pela direção da empresa no início do ano e anunciada há um mês ao mercado. Especialistas no setor ouvidos pelo Estado ressaltam que a medida não significa necessariamente que a estatal irá efetivamente aumentar seu capital para R$ 30 bilhões. "A autorização dos acionistas serve para desburocratizar o processo. Se a empresa quiser um dia fazer este tipo de operação, não precisará convocar assembléia e esperar os prazos regimentais", analisou o analista de petróleo do Pactual, Luiz Otávio Laydner. "A Petrobrás ganha agilidade para uma captação", concorda Gilberto Pereira de Souza, da corretora Itaú. Segundo ele, o valor estipulado pela estatal, de R$ 30 bilhões, é propositadamente alto, para evitar novos pedidos aos acionistas. Na assembléia, os acionistas autorizaram, além do aumento de capital, a inclusão das atividades de energia no objeto social da Petrobrás e medidas administrativas que enquadrem a empresa nos requisitos do novo mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O aumento de capital poderá ser feito sem realização de assembléias de acionistas apenas quando for através de ações preferenciais. Caso a empresa queira emitir novas ações ordinárias (com direito a voto), terá que passar pelo crivo dos acionistas. A cláusula que permite o aumento de capital, porém, limita o lançamento a 200 milhões de ações preferenciais, para evitar uma diluição desfavorável aos atuais acionistas. Para os analistas, a medida não prejudica o acionista minoritário - incluindo os trabalhadores que compraram ações da estatal com recursos do FGTS -, pelo menos enquanto a Petrobrás não aumentar, de fato, o capital.

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