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Petrobrás cai e Bovespa fecha em leve alta

Bolsa reduziu os ganhos na final dos negócios e encerrou com alta de 0,13%; papel ON da estatal caiu 2,67% e o PN, 3,61%

Por Clarissa Mangueira
Atualização:

A Bovespa fechou em leve alta nesta terça-feira, 24, após reduzir os ganhos na reta final dos negócios, conduzida pelo declínio dos papéis da Petrobrás. No fim dos negócios, o Ibovespa subiu 0,13%, aos 54.280,78 pontos. Na máxima da sessão, a bolsa atingiu 55.002 pontos (+1,46%) e, na mínima, 54.094 pontos (-0,21%). No mês, a Bolsa acumula alta de 5,94% e, no ano, avanço de 5,39%. O giro de negócios somou R$ 6,260 bilhões.

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A Bovespa abriu a sessão em alta em meio a um movimento de ajuste técnico após duas sessões seguidas de perdas. A alta das bolsas dos EUA na abertura da negociação em Nova York também forneceu suporte para o avanço do Ibovespa, embora os mercados acionários norte-americanos tenham invertido o sinal mais tarde, devido a preocupações com o Iraque. Mesmo assim, a Bovespa conseguiu manter os ganhos durante parte da tarde, mas acabou perdendo força na reta final do pregão, pressionada pelo recuo dos papéis da Petrobrás.

As ações da estatal, que chegaram a subir 2% durante a manhã, zeraram os ganhos e passaram a cair na segunda parte da sessão, após notícia de que o governo federal decidiu, em reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no Palácio do Planalto, que irá conceder em regime de partilha quatro campos de petróleo para exploração da Petrobrás. A estatal pagará R$ 2 bilhões em bônus de assinatura para explorar os campos de Búzios, entorno de Iara, Florim e Nordeste de Tupi, na região do pré-sal da Bacia de Santos. Os papéis ON da Petrobrás terminaram em queda de 2,67% e os PN caíram 3,61%. 

As ações do setor financeiro figuraram entre os destaques positivos da sessão. Bradesco PN (+1,56%), Bradesco ON (+2,22%), Banco do Brasil (+1,50%) e Itaú Unibanco (+0,18%).

As ações da Vale recuaram ON (-1,37%) e Vale PN (-1,41%). 

Entre os dados divulgados no Brasil, destaque para os números das transações correntes e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos referentes a maio.

Segundo o Banco Central, o déficit em transações correntes do País somou US$ 6,635 bilhões em maio, o pior resultado para o mês de maio desde 1947. O resultado marcou uma queda de 19,8% em relação ao déficit de abril (US$ 8,282 bilhões) e ficou ligeiramente acima do registrado em maio de 2013 (US$ 6,356 bilhões). O déficit de maio ficou dentro do intervalo previsto por analistas de déficit de US$ 8,200 bilhões a US$ 5,500 bilhões, e um pouco melhor que a mediana, de déficit US$ 6,700 bilhões. Já o Investimento Estrangeiro Direto (IED) somou US$ 5,963 bilhões em maio - um valor recorde para o mês e superior aos US$ 3,880 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

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O Ministério do Trabalho e Emprego informou que saldo líquido de empregos formais gerados em maio foi de 58.836 vagas, dentro do intervalo apontado pelo levantamento do AE Projeções realizado com 16 instituições do mercado financeiro, que variou de 51.859 a 122.000 vagas criadas em maio. O resultado ficou abaixo da mediana encontrada, de 94.500 postos.

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