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Petrobras cancela aumento da importação de gás vindo da Bolívia

Apesar disso, ele reforçou que o mercado consumidor brasileiro não corre o risco de ficar sem gás

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras anunciou hoje que cancelará a participação que faria no concurso aberto pelo Gasbol para expandir em 15 milhões de metros cúbicos o volume de gás vindo da Bolívia. "Teremos que viabilizar esse volume a partir de 2008 de outras maneiras", disse o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. Apesar deste problema, ele reforçou que o mercado consumidor brasileiro não corre o risco de ficar sem gás. Segundo Gabrielli, a Petrobras manterá os 30 milhões de metros cúbicos de gás previstos no contrato atual. "Garantimos os 30 milhões de metros cúbicos e vamos lutar contra o aumento de preços. No âmbito do contrato, vamos discutir e rejeitar propostas de aumentos de preços", afirmou. Gabrielli lembrou que "a Bolívia quer e precisa manter o envio desse gás para o Brasil porque depende financeiramente dessa venda". Todo o gás produzido no país vizinho vem associado ao óleo e, portanto, uma interrupção nesse fornecimento prejudicaria também o abastecimento do mercado interno do país, disse o presidente da estatal. Segundo ele, a Bolívia não teria por onde escoar esse gás para outro mercado senão o Brasil, além de depender diretamente dessa renda. Gabrielli disse também que a Petrobras Bolívia responde hoje por cerca de 24% da arrecadação tributária daquele país, onde tem ativos em cinco dos nove Estados. Ele afirmou que os ativos da estatal na Bolívia somam US$ 1,3 bilhão, mas seu patrimônio líquido está avaliado em US$ 365 milhões. A diferença entre ambos os valores, segundo ele, corresponde a dívidas da Petrobras Bolívia com bancos, fornecedores e ainda com a sede da companhia no Brasil. "Ainda terá de ser definido quem vai arcar com essas dívidas."

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