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Petrobras confirma que não vai se retirar da Bolívia

A Assessoria da Petrobras não forneceu detalhes sobre como serão as negociações com o governo boliviano nem sobre os impactos da decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar o setor de gás e petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras acaba de confirmar, por intermédio de sua Assessoria de Imprensa, que não vai se retirar da Bolívia, onde mantém, desde 1994, investimentos que hoje estão em mais de US$ 1 bilhão desde 1994. A empresa brasileira representa 20 dos investimentos diretos na Bolívia e responde por 24% da arrecadação de impostos no país. A Assessoria da Petrobras não forneceu detalhes sobre como serão as negociações com o governo boliviano nem sobre os impactos da decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar o setor de gás e petróleo. Ontem, num gesto repleto de simbolismo, Morales, aproveitou o 1º de Maio para firmar um decreto que nacionaliza todas as operações de hidrocarbonetos (gás e petróleo) do país. Evo fez o anúncio nas instalações do campo de produção de gás de San Alberto, operado pela Petrobras, no departamento de Tarija, sudeste da Bolívia. Às 13 horas, uma hora depois de lido o decreto, soldados das Forças Armadas atenderam a uma ordem do presidente e ocuparam as 53 instalações de exploração de gás e petróleo até então controladas por empresas estrangeiras. Pessoalmente, Evo liderou a ocupação simbólica do campo de San Alberto, antes de partir para Cochabamba e La Paz, onde receberia a aclamação popular pelo decreto. "Já se discute que a Petrobras ficaria com 49% do negócio, enquanto a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) ficaria com 51%", afirma Sérgio Conti. Segundo ele, teoricamente, a nacionalização das operações de hidrocarbonetos devem gerar indenizações às empresas que operam na Bolívia, mas o valor que a Petrobras receberia não é previsível.

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