Publicidade

Petrobras: decisão da Venezuela não afeta investimento

Para o presidente da estatal, decisão "não deveria ser surpresa para ninguém"

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta terça-feira que a nacionalização nos setores de energia e telecomunicações anunciada na segunda pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, "não deveria ser surpresa para ninguém". "Decididamente não surpreende. Há um bom tempo ele vem anunciando isso", comentou. Segundo Gabrielli, a nacionalização anunciada por Chávez "em nada afeta os planos de investimentos futuros da Petrobras na Venezuela e nem mesmo as negociações em conjunto" com a petroleira venezuelana, a PDVSA, para investir em uma refinaria no Brasil. "É de conhecimento público que temos uma série de investimentos em comum programados, tanto lá - em campos maduros, exploração e produção - como aqui, na refinaria de Pernambuco, e em nada estas negociações mudam. Além disso, todas as nossas atividades no país já estão sob as regras de empresa mista implementada pela Venezuela no ano passado", disse em entrevista coletiva à imprensa concedida na tarde desta terça no Aeroporto Santos Dumont, no Rio. Ele desembarcou no aeroporto após participar de cerimônia de instalação do navio-plataforma FPSO - Rio de Janeiro, no campo de Espadarte, na Bacia de Campos, em companhia do governador do Estado, Sérgio Cabral, do diretor de Exploração e Produção da estatal, Guilherme Estrella, e do secretário de Desenvolvimento do Estado do Rio, Julio Bueno. Bolívia Gabrielli confirmou que a Petrobras está participando de licitação para ampliar a exportação de gás natural da Bolívia para a Argentina. As propostas de investimentos para aumentar a produção e elevar o envio do combustível ao país vizinho devem ser abertas amanhã, na Bolívia. O presidente da estatal evitou fazer qualquer comentário mais longo sobre o tema. Outro tema evitado por Gabrielli foi a questão relativa à siderúrgica Ceará Steel. "Não vou tratar desse assunto pela imprensa", disse. Questionado mais diretamente sobre a possibilidade de a Petrobras vir a ser sócia no empreendimento, Gabrielli apenas deixou em aberto: "Existem várias possibilidades que estão sendo negociadas".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.