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Petrobras defende manutenção da política de reajustes

Por Kelly Lima
Atualização:

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse hoje que será mantida a política de preços da companhia, com reajustes trimestrais do combustível e repasse das oscilações internacionais. A executiva defendeu esta política de preços, focada na necessidade de rentabilidade de toda a cadeia produtiva, com o objetivo de garantir novos investimentos do setor. "Não pode haver desequilíbrio ou fragilidade. A política de preços tem que assegurar rentabilidade para que haja continuidade do investimento e sustentabilidade da cadeia", disse, ressaltando que esta "remuneração" tem que pagar inclusive a fase exploratória do gás natural. "Esta remuneração transcende todo o mercado de gás e vai bater na exploração deste combustível. Fico feliz de ver hoje que existem tantos planos para a exploração e que o gás não está somente em uma pasta da empresa", disse. Indagada sobre as críticas do mercado de que a Petrobras estaria elevando o preço do gás natural para conter sua demanda, diante do risco de desabastecimento, Graça desconversou: "Não adianta desenvolver mercado de maneira desequilibrada, em que um lado ganha, mas por outro mata o consumidor e vice-versa. A verdade é que só conseguiremos investir para expandir a oferta se houver equilíbrio", disse. Graças foi categórica ao afirmar que a estatal quer expandir sua atuação na distribuição do gás no País, focando principalmente nos principais mercados consumidores (Rio e São Paulo), onde ainda não atua. GNL A diretora disse ainda que as duas unidades de processamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) a serem instaladas na Baía da Guanabara (RJ) e em Pecém (CE) estarão aptas a operar até maio de 2008. Segundo ela, o navio Golar Spirit, com capacidade para transportar o equivalente ao processamento de 21 milhões de metros cúbicos de GNL diários durante um mês, poderá descarregar o combustível nessas duas unidades já a partir desta data, se houver demanda. A unidade de Pecém, que terá capacidade para sete milhões de metros cúbicos por dia, receberá o total deste volume a ser processado, enquanto a do Rio de Janeiro receberá 14 milhões de metros cúbicos do total de 20 milhões de sua capacidade. Outro navio, o Golar Winter, já contratado pela Petrobras e que estará disponível a partir de abril de 2009, vai transportar o equivalente a 10 milhões de metros cúbicos por dia durante um mês. Com isso, a Petrobras estima que deverá colocar no mercado 31 milhões de metros cúbicos por dia de GNL até 2012.

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