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Petrobras deve comprar a Exxon no Chile, diz jornal

Segundo o periódico, a operação seria fechada em Londres nesta quinta e o comunicado seria feito hoje

Por Marina Guimarães e da Agência Estado
Atualização:

A Petrobras está prestes a concretizar a compra dos postos de serviços da petrolífera americana ExxonMobil no Chile, informa a edição de hoje do jornal argentino "El Cronista". Segundo o periódico, a operação seria fechada em Londres, na quinta-feira, dia 7, e o comunicado seria feito hoje, ao meio-dia, na sede da companhia no Rio de Janeiro. Veja também:Lula prega união com a ArgentinaArgentina quer mais equilíbrio na relação comercial O jornal "El Cronista" atribui as informações a "fontes conhecedoras das negociações" e relata que o porta-voz da Esso, Tomás Hess, "não confirmou, nem desmentiu". "É política da companhia não fazer comentários sobre rumores ou especulações", disse Hess ao jornal. A Esso tem 240 postos de serviços no Chile, segundo o jornal, e o mercado calcula que a oferta apresentada pela Petrobras seria de mais de US$ 500 milhões. Visita oficial O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em sua 12ª viagem à Argentina em seis anos de governo. É o país que Lula mais visitou desde que foi eleito.Ontem, o presidente brasileiro, que presidiu a abertura do seminário "Argentina-Brasil: uma aliança produtiva crucial" ao lado da presidente Cristina Kirchner, anfitriã do encontro, afirmou que durante muitos anos Brasil e Argentina "ficaram olhando, individualmente, para a Europa e os Estados Unidos". "Mas, agora é hora de avançar em conjunto." O encontro de Lula e Cristina ocorreu logo após Brasil e Argentina terem adotado posições contrárias em relação a um acordo multilateral na Rodada Doha. "Por que Deus nos colocou grudados? Um país ao lado do outro? A gente, quando casa, não é para a mulher olhar para um lado e o homem para outro... É para estarem juntos!" Com essa metáfora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrancou risadas e aplausos ontem de quase 300 empresários brasileiros e outros 700 argentinos, em Buenos Aires. Em seu discurso, Cristina declarou sua admiração pela pujança industrial do Brasil e disse que as empresas brasileiras (que desde 2001 investiram US$ 8 bilhões no país) são "muito bem-vindas". "O Brasil teve nas últimas décadas uma política de Estado, de apoiar a indústria. Sua classe política tinha convicções para gerar um modelo de desenvolvimento produtivo que fizesse da competitividade o eixo de seu desenvolvimento." Segundo a presidente, "a Argentina não teve essa sorte". "No Brasil entenderam a importância de um modelo de continuidade, de acumulação produtiva. No entanto, na Argentina, onde houve muitas experiências políticas, certos grupos da classe dirigente acharam que nosso país deveria limitar-se a ser um país de serviços. Cristina, porém, fez uma crítica velada ao desequilíbrio comercial com o Brasil. "Temos um desequilíbrio grande na balança comercial com o Brasil, a favor do vizinho. E, quanto mais se aprofunda o intercâmbio, parece que aumenta essa brecha. "    

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