A lenda popular de que segunda-feira é o dia mundial do mau humor não está se aplicando à Bovespa, pelo menos nestas duas últimas semanas. O índice registrou sua maior alta porcentual em mais de três anos - mesmo feito que já havia ocorrido no último dia 6 - embalado pelo jogo eleitoral. Pesquisa de intenção de voto e apoio a Aécio Neves embalaram as compras e estatais dispararam, enquanto bancos também saltaram.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 4,78%, maior ganho porcentual desde 9 de agosto de 2011 (+5,10%). Fechou aos 57.956,53 pontos, maior patamar desde 18 de setembro (58.374,48 pontos). Na mínima, registrou estabilidade, aos 55.313 pontos e, na máxima, os 58.747 pontos (+6,21%). No mês, acumula ganho de 7,10% e, no ano, de 12,52%. O giro financeiro totalizou R$ 10,294 bilhões.
No final de semana, o Sensus trouxe levantamento mostrando mostrou que Aécio Neves está com ampla vantagem sobre Dilma Rousseff, com 58,8% dos votos válidos contra 41,8%.
As ações da Petrobrás chegaram a encostar nos 12% de ganhos na máxima e não fecharam longe disso. A PN subiu 10,54%, maior ganho porcentual desde o último dia 6 (+11,12%) e segunda maior alta do Ibovespa, atrás de BB ON, que avançou 12,55% na máxima e fechou em 10,86%. Petrobrás ON subiu 9,96%, na terceira posição. Eletrobras ON, +6,08% e Eletrobras PNB, +7,43%. Bradesco PN terminou em +7,82% e Itaú Unibanco PN, em +7,56%. Santander unit teve valorização de 0,75%.
Vale e siderúrgicas também seguiram a onda de valorização, sustentadas pelo avanço das importações e exportações da China. Vale ON terminou em +4,72% e PNA, em +4,87%. Gerdau PN subiu 2%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,64%, Usiminas PNA, 1,79%, e CSN ON, em 2,62%.
Nos EUA, é feriado do Dia de Colombo e o mercado acionário operou, mas sem muito entusiasmo - o giro foi mais fraco. Na última hora, os índices perderam ainda mais força e ultrapassaram 1% de perdas. O Dow Jones fechou em baixa de 1,35%, aos 16.321,07 pontos, o S&P caiu 1,65%, aos 1.874,74 pontos, e o Nasdaq, 1,46%, aos 4.213,66 pontos.