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Petrobras e Bolívia não chegam a acordo sobre preço do gás

A estatal explicou continuar com as negociações, e ainda tem intenção de continuar no país vizinho

Por Agencia Estado
Atualização:

As negociações da Petrobras com a Bolívia sobre o preço do gás boliviano não avançaram, informou nesta segunda-feira o diretor da Área Internacional da companhia, Nestor Cerveró. "Não há nada de novo. Não há nenhuma sinalização, nenhum acordo", disse. Ele afirmou que as discussões continuam com aquele país, e explicou que a intenção da Petrobras é permanecer na Bolívia. A brasileira investe para aumentar a produção de gás de 24 milhões de metros cúbicos por dia para 30 milhões de metros cúbicos por dia, que é o volume contratado até 2019 para a empresa trazer da Bolívia para o País. Os investimentos para expansão do volume de gás importado da Bolívia foram cancelados. Cerveró explicou que a rede de distribuição da Petrobras naquele País já passou para a estatal boliviana do setor, a Yacimientos Petroliferos Fiscales Bolivianos (YPFB). Afirmou também não ter visto em nenhum momento acusação à Petrobras de corrupção por parte do governo boliviano. De acordo com ele, não houve contrato secreto sobre o gás firmado pela estatal naquele País e as denúncias nesse sentido estão sendo respondidas com explicações da empresa às autoridades bolivianas. "A Petrobras não trabalha em sociedades secretas", disse. De acordo com ele os contratos foram informados ao governo boliviano na época em que foram fechados. Segundo o diretor, existem quatro grupos negociando o gás entre Brasil e Bolívia sendo um voltado para a negociação do preço do gás; outro sobre refinarias; um sobre a taxa de 82% de imposto sobre a produção de gás; e um quarto sobre logística. Esses três últimos têm prazo até outubro para informarem seus resultados. Venezuela Neste mesmo dia, a estatal afirmou que deve assinar até o fim do ano um contrato para formar uma joint-venture na Venezuela como forma de viabilizar a exploração de gás no projeto Mariscal-Sucre, na costa norte da Venezuela. O projeto prevê início da produção de gás em 2009 e 2010 e inclui uma estação de liquefação de gás com início de produção de gás natural liquefeito (GNL) em 2011. Cerveró afirmou que a Petrobras vai investir US$ 2 bilhões no projeto e terá 35% da empresa. Na fase inicial a produção deve ser de 20 milhões de metros cúbicos por dia só de GNL, que pode vir a ser usado para suprir o mercado brasileiro. Além disso, haverá produção de gás que deverá ser direcionada para a Venezuela.

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