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Petrobras e Repsol baixam preços da gasolina na Argentina

Objetivo é igualar preços da gasolina e do gás e, assim, minimizar efeitos da crise energética no país. Próximas 72 horas serão de baixíssimas temperaturas

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Por Redação
Atualização:

Para tentar amenizar os efeitos negativos da crise de energia na Argentina, as petrolíferas Petrobras e Repsol YPF anunciaram que vão baixar os preços da gasolina. A partir de agora, em Buenos Aires, os proprietários de veículos a gás poderão abastecer com gasolina comum ou super pagando o mesmo preço que pagam pelo gás veicular. Atualmente, o preço médio pelo gás veicular é de 0,75 pesos (US$ 0,241), enquanto que a gasolina comum custa 1,69 pesos (US$ 0,548) e a super, 1,90 pesos (aproximadamente US$ 0,612). A medida entrará em vigor "a partir desta quarta-feira e vai durar pelas próximas 48 ou 72 horas, segundo a evolução das condições climáticas", informou a Petrobras em nota. A oferta valerá para cerca de 110 postos de serviços "que vendam gás e gasolina conjuntamente, e estará sujeita à disponibilidade de produto", esclarece a companhia. A espanhola Repsol YPF já havia anunciado medida similar no final desta manhã, envolvendo 150 postos de serviços na mesma região que a Petrobras. Cerca de quatro mil carros em Buenos Aires são movidos a gás veicular. A maior parte são táxis ou os denominados "remises", que são carros que funcionam como táxis, mas sem taxímetro, nem cores ou placas que os identificam como tais. Grande número de ambulâncias e de transportes públicos também é movido a gás. As previsões do serviço de meteorologia indicam que as próximas 72 horas serão de baixíssimas temperaturas e, portanto, de uma alta demanda energética no país. Devido à escassez de gás e de eletricidade, o governo está cobrindo todas as brechas para evitar que haja cortes no fornecimento para as residências. Com as eleições presidenciais de outubro chegando, o presidente Néstor Kirchner deu ordens para que o racionamento de energia não chegue à população. Quem paga a conta, por enquanto, é a indústria, que sofre restrições energéticas das 16 horas até a meia-noite, diariamente.

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