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Petrobras entra na disputa pela refinaria de Cartagena

A estatal brasileira apresentou sua proposta nesta segunda-feira e concorre com a suíça Glencore International

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras entrou na disputa pelo controle da refinaria de Cartagena, na Colômbia, que será aberta à iniciativa privada pela estatal local Ecopetrol. A estatal brasileira apresentou sua proposta nesta segunda-feira e concorre com a suíça Glencore International. O governo colombiano quer capital privado para aumentar em 40% a capacidade da refinaria, atualmente em 100 mil barris de petróleo por dia. A Ecopetrol calcula que o investimento pode atingir os US$ 800 milhões e está disposta a entrar com até US$ 250 milhões, cedendo o controle da unidade para a companhia que se comprometer com o aporte restante. Além do aumento na capacidade, a Colômbia quer melhorar a qualidade dos combustíveis produzidos na unidade, a segunda maior do país. O resultado da concorrência será anunciado no próximo dia 25 e a expectativa é que o investimento seja concluído em 2010. O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, explicou que um dos focos da companhia para os próximos anos é refinar o maior volume possível de óleo pesado produzido no Brasil. Segundo ele, a diferença entre o óleo pesado, que a empresa exporta, e o leve chega hoje a US$ 11,00 por barril. "Se a Petrobras vender o petróleo produzido no Brasil no exterior vai deixar de capturar US$ 11,00 por barril", explicou o executivo. O objetivo da empresa é transformar o petróleo nacional em derivados para conseguir maior valor de venda no mercado internacional. A idéia é destinar a produção da refinaria de Cartagena para o Caribe e os Estados Unidos. A Petrobras avalia ainda oportunidades de refino na Europa e na Ásia. Nos Estados Unidos, a companhia comprou 50% da refinaria de Pasadena, onde pretende investir para dobrar a capacidade de produção, atualmente em 100 mil barris por dia, privilegiando o processamento de óleo brasileiro. Atualmente, a empresa exporta entre 150 e 200 mil barris por dia de óleo pesado da Bacia de Campos.

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