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Petrobras espera definição sobre compra de refinaria na Colômbia

A estatal disputa o controle da refinaria de Cartagena, na Colômbia, com o grupo suíço Glencore

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras espera para esta sexta-feira uma definição sobre a proposta para compra do controle da refinaria de Cartagena, na Colômbia, feita na semana passada. A estatal disputa a unidade com o grupo suíço Glencore. A refinaria é operada pela estatal colombiana Ecopetrol, que quer atrair capital estrangeiro para aumentar a capacidade de refino. Segundo o gerente de estratégia da área internacional da companhia, Cláudio Castejon, a proposta tem como objetivo ampliar o refino de óleo pesado brasileiro no exterior, para agregar valor às exportações de petróleo. Parte dos derivados produzidos em Cartagena serão vendidos no mercado americano. "Toda vez que avançamos na cadeia, ganhamos em margens e reduzimos os riscos com instabilidades no mercado", disse o executivo. Nessa linha, a companhia ainda avalia oportunidades de negócios de refino em outras regiões, notadamente no Caribe, onde, segundo Castejon, há acordos de exportação de petróleo para os Estados Unidos em melhores condições. "O mercado americano consome hoje 25% do petróleo mundial. É natural que a produção seja destinada para lá." O executivo não descartou a entrada no mercado americano de distribuição de combustíveis, frisando que ainda não há negociações nesse sentido. "Estamos sempre olhando oportunidades", afirmou. Segundo ele, porém, para iniciar a atividade nos Estados Unidos, é preciso de grandes escalas e não há oportunidades disponíveis no momento. Castejon disse ainda que a empresa está de olho nas águas profundas da porção mexicana do Golfo do México, atualmente inexploradas. A exploração de petróleo no país é monopólio da estatal local Pemex, mas a Petrobras já atua lá como prestadora de serviços, desenvolvendo duas reservas de gás para a Pemex. "Existe a possibilidade de eles abrirem a exploração marítima para empresas privadas ou, ao menos, fazerem parcerias", disse o executivo. Essa esperança levou a empresa a aceitar atuar no país como prestador de serviços, recebendo remuneração fixa pela produção de gás para a Pemex, ao invés de ser proprietária das reservas, como ocorre em outros países. "Já estamos lá, mostrando que somos parceiros capazes e confiáveis", explicou.

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