PUBLICIDADE

Publicidade

Petrobras espera redução dos riscos em exploração nos EUA

A descoberta de um poço gigante de petróleo na costa americana, anunciada na semana passada, animou a subsidiária da Petrobras no país

Por Agencia Estado
Atualização:

A descoberta de um poço gigante de petróleo na costa americana, anunciada pela Chevron na semana passada, animou a subsidiária da Petrobras naquele país. A Petrobras Américas tem três descobertas em um sistema geológico semelhante ao explorado pela gigante norte-americana e vê no sucesso da concorrente uma redução dos riscos de suas operações. "O anúncio valorizou tremendamente nossa posição", afirmou o presidente da companhia, Renato Bertani. "Nossa única incerteza era quanto à produtividade dos reservatórios. Mas como a Chevron conseguiu produzir, a incerteza praticamente sumiu", avaliou o executivo. A Petrobras participa das concessões de Cascade, Chinook e St. Malo, cujas jazidas se encontram em rochas do terciário inferior, mesma localização dos campos de Jack, da Chevron, e Caskida, onde a britânica BP anunciou descoberta recentemente. Os anúncios simultâneos provocaram uma onda de otimismo nos Estados Unidos, onde analistas acreditam na possibilidade de reservas da ordem de 15 bilhões de barris. "É uma nova fronteira com potencial extraordinário", concorda Bertani que, no entanto, preferiu não confirmar os volumes previstos pelos analistas. Parceira da Petrobras nos três campos, a Devon estima que as reservas de cada projeto oscilem entre os 300 e os 500 milhões de barris. Todas as jazidas foram encontradas a grandes profundidades, perto dos 10 mil metros, inaugurando uma nova fase exploratória no Golfo do México, região considerada já em declínio. Petrobras e seus parceiros iniciam a produção em Cascade e Chinook já em 2009. Para isso, vão encomendar um navio plataforma com capacidade para 80 mil barris por dia. "Trata-se apenas de uma primeira fase, para teste dos reservatórios", disse o executivo. Será a primeira vez que um navio-plataforma é instalado no Golfo do México. Muito usada no Brasil, a tecnologia pode reduzir danos em caso de furacões, acredita a Petrobras, porque é mais fácil deslocar um navio para águas abrigadas do que uma plataforma gigante. A Petrobras tem 287 concessões na região e outras 34 em fase de assinatura de contratos. Segundo Bertani, a estimativa é que a companhia tenha uma produção própria - sem contar a fatia pertencente aos parceiros - de 100 mil barris por dia em 2011.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.