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Petrobras evita falar sobre possível aumento de combustível

Rumores de alta dos combustíveis surgiram por conta dos sucessivos recordes do petróleo no mercado externo

Por Kelly Lima
Atualização:

O diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, recusou-se a fazer qualquer comentário nesta sexta-feira, 25, sobre um possível aumento dos preços da gasolina e do diesel, durante entrevista à imprensa realizada esta manhã na sede da empresa para comentar a balança comercial da Petrobras. "Hoje eu só estou aqui para falar de balança", disse o diretor. Costa não falou também sobre a derrota da estatal para o grupo Cosan na disputa pela compra dos ativos da Esso no Brasil. "Vamos reavaliar nossa estratégia. É muito cedo para tecer qualquer comentário no momento", disse repetindo a afirmação que já havia feito ontem. Veja também: Mercado de combustíveis movimenta US$ 30 bi por ano Saldo da Petrobras fica negativo em US$775 milhões no 1º tri Petrobras continua avaliando ativos da Esso no Chile e Uruguai Os rumores de alta dos combustíveis surgiram por conta dos sucessivos recordes do petróleo no mercado externo. Espera-se que, em algum momento, isso seja repassado ao consumidor. Os preços da gasolina e do diesel não sofrem rejuste há 31 meses. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no entanto, o Banco Central manteve a previsão de que os preços da gasolina não devem subir em 2008.   Os diretores do BC, no entanto, afirmam que aumentou a possibilidade de alteração desse cenário, com eventual aumento de preço. Eles admitem que o petróleo é "fonte sistemática de incerteza" e que seu preço "elevou-se consideravelmente desde a última reunião do Copom e continua altamente volátil". Esse aumento de preços, ainda que não gere por enquanto aumento da gasolina e do gás de cozinha, diz o texto, "se transmite à economia doméstica tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica".

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