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Petrobras fica entre as 5 empresas mais admiradas do setor na Venezuela

Em eleição promovida pela revista venezuelana Gerente, a estatal brasileira ficou em quinto lugar na preferência local no segmento petróleo

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto trava uma queda de braço com o governo boliviano para garantir o abastecimento nacional de gás natural, a Petrobras é afagada por outro vizinho sul-americano. Em eleição promovida pela revista venezuelana Gerente, sobre as empresas mais admiradas naquele país, a estatal brasileira ficou em quinto lugar na preferência local no segmento petróleo. A primeira colocada foi a estatal venezuelana PDVSA, seguida das multinacionais Shell, Exxon Mobil e Chevron, que já estavam no país há décadas. Por sua vez, a Petrobras desbancou outras companhias do primeiro time do setor petrolífero, como a espanhola Repsol, a italiana ENI, a francesa Total, a britânica BP e a norueguesa Statoil. A eleição, publicada na edição de julho da revista Gerente foi divulgada nesta sexta-feira no site de notícias da Petrobras como sendo uma "demonstração de que trabalha no exterior com os mesmos princípios com que atua no Brasil". Ainda segundo a Petrobras, o objetivo da pesquisa, realizada com 2.500 executivos de médio e alto escalão, foi identificar as organizações que têm acumulado méritos de maneira sistemática e que trabalham tendo por critério a melhoria contínua. A Petrobras está na Venezuela desde 2002, quando adquiriu a companhia argentina Perez Companc e incorporou sua subsidiária naquele país. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o poder a relação da estatal com a PDVSA se estreitou ao ponto de ambas terem uma série de investimentos em comum programados para os próximos anos, entre eles a construção de uma refinaria em comum no Recife, em Pernambuco. A Petrobras também demonstrou sua proximidade com a Venezuela, quando aceitou assinar o acordo de migração de seus convênios operativos no país, à modalidade de empresas mistas. O modelo, embrião para o decreto mais radical assinado em maio por Evo Morales, estabelece uma estrutura para aumentar a participação da estatal PDVSA em pelo menos 60% nas empresas mistas, além de incrementar royalties e tributos para as empresas estrangeiras e locais que firmaram acordos na década de 90. De um total de 32 companhias que havia no país à época, dez deixaram a Venezuela se negando a participar do acordo. Fazendo um movimento contrário, a estatal reserva em seu planejamento estratégico para até 2010, um aumento no volume de investimentos no país, com projetos, como por exemplo o de aplicar US$ 2 bilhões no desenvolvimento de um campo em parceria com a PDVSA.

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