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Petrobras: gasolina participará com 74% na frota flex

Por e CORRESPONDENTE
Atualização:

A estagnação na oferta de etanol e o aumento no consumo de combustíveis no País farão com que a participação do uso da gasolina atinja uma fatia de 74% na frota flex fuel de veículos no Brasil, em 2012, ante 54% em 2011, segundo estimativa do coordenador do comércio de gasolina na Petrobras, Diogo Bezerra. Com o crescimento da participação, o consumo de gasolina C, já com a mistura de 20% de etanol anidro, deve superar 38 bilhões de litros neste ano, alta de 6,5% sobre o anterior.Após a crise de oferta do etanol, devido à quebra na safra de cana-de-açúcar em 2011 e agora em 2012, o consumo de gasolina C cresceu 40% nos últimos dois anos no País. Somente no ano passado a alta foi de 18,8%, segundo Bezerra. "Desse porcentual em 2011, 13 pontos porcentuais foram de ganhos de share da gasolina sobre o etanol", explicou Bezerra durante a reunião da consultoria Canaplan, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.Já o consumo do álcool, que disparou 235% entre 2004 e 2009, com o avanço dos veículos flex fuel, recuou 35% nos últimos dois anos. Além da alta de 6,5% no consumo da gasolina e do aumento do combustível fóssil entre os veículos flex fuel, a Petrobras avalia que a oferta de etanol, para consumo interno e externo, será estável entre 2011 e 2012 e ficará em torno de 23 bilhões de litros.O aumento do consumo da gasolina poderia ser maior, caso houvesse uma restrição na oferta de etanol ou uma disparada nos preços que tornasse inviável economicamente o uso do combustível de cana. Segundo projeções apresentadas pelo executivo da Petrobras, se toda a frota flex consumisse somente gasolina, a demanda mensal do combustível cresceria 23%, de 2,529 bilhões de litros para 3,107 bilhões de litros.Para Bezerra, o maior desafio no setor de combustíveis é prever justamente essa variabilidade de demanda com antecedência para "responder com rapidez à decisão do consumidor" de usar gasolina ou etanol. "Por isso, a Petrobras está aprimorando a flexibilidade do suprimento de gasolina, com a otimização da produção e a reforma de unidades em São Paulo e no Paraná para uma maior oferta", explicou.

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