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Petrobrás mantém silêncio sobre descoberta

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Por Redação
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A diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster, esmerou-se nos cuidados ontem, ao participar de um fórum de gás e energia no Rio, para não deixar escapar nada que aumentasse o frisson em torno das descobertas de petróleo na Bacia de Santos. "Hoje é dia de falar pouco. Não posso me empolgar e tenho que falar só o que está escrito, pois foi essa orientação que me deram", disse, ao iniciar sua palestra. Depois, quando citava a perspectiva de antecipação da data para a vigência da mistura de 5% de biocombustível ao diesel para 2008, ela voltou a falar sobre a necessidade de se manter calada. "Tenho certeza de que vai ser antecipado. Só não posso dizer quando, porque não existem dados técnicos que permitam falar sobre isso. E, como em todos os casos, só se pode falar quando se tem os dados técnicos." A mistura de biocombustível ao diesel, nessa medida, passará a ser obrigatória em 2015. A diretora da estatal evitou falar de forma direta sobre as declarações do presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, que agitaram o mercado financeiro. A executiva defendeu a continuidade dos leilões de áreas exploratórias de petróleo e gás natural no País. Segundo ela, as rodadas realizadas pela ANP são importantes para que as empresas dêem prosseguimento ao desenvolvimento de seu portfólio. "É a única forma de renovarmos as nossas reservas e de conduzirmos a exploração desses recursos." Atualmente, está em discussão uma revisão do marco regulatório da exploração do petróleo no País, por causa das descobertas abaixo da camada de sal. O principal argumento é que o risco exploratório no País diminuiu e, portanto, não há necessidade de manter vantagens, como baixas taxas de royalties , para incentivar os investimentos. K.L.

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