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Petrobras manterá na Bolívia só investimento necessário

A confirmação foi feita nesta terça-feira, 21, pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa

Por Kelly Lima e da Agência Estado
Atualização:

A Petrobras manterá na Bolívia apenas os investimentos necessários para dar continuidade ao atual volume de produção. A confirmação foi feita nesta terça-feira, 21, pelo diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa. "Não temos planos de desenvolvimento para nova linha de produção. Não temos mais refinarias lá, portanto, também não temos nada nessa área", disse, antes do início da cerimônia de lançamento da plataforma P-54, no estaleiro Mauá Jurong, em Niterói.   Veja também:  A exploração de petróleo no Brasil Reiterando que está "fora das negociações" e, portanto, sem condições de dar maiores detalhes sobre a negociação da estatal com o governo boliviano sobre o assunto, Barbassa argumentou que o prazo concedido pelo governo boliviano para assinatura do contrato do plano de desenvolvimento das operações da empresa naquele país, é apenas "um prazo político". "Não existe uma data oficial, uma data limite para que isso seja acertado. As negociações estão caminhando", disse.   Petrobras e a estatal boliviana YPFB ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os planos de investimentos e acordos de entrega dos campos de petróleo e gás operados pela companhia no país vizinho. A expectativa era que esta conclusão fosse anunciada ontem. O governo da Bolívia chegou a ameaçar com expulsão as empresas que descumprissem o prazo.   Negociações  Fontes da estatal brasileira e de outras empresas com operação na Bolívia avaliam, porém, que o governo Evo Morales não tem respaldo jurídico para expulsar petroleiras que descumpram o prazo, uma vez que os novos contratos de exploração e produção deixam dúvidas. O contrato fala em um prazo de 180 dias após a declaração de comercialidade dos campos, explica um observador próximo. Mas os projetos da Petrobras já passaram por essa etapa na virada da década, bem antes da assinatura dos contratos, em maio deste ano. Há uma interpretação de que o prazo só valeria para novas descobertas no país. A assessoria da YPFB informou que aguardaria a decisão das companhias até a meia-noite, sem esclarecer se a ameaça de expulsão estava mantida. Os acordos determinarão ainda o destino do gás de cada campo, o que influencia diretamente a rentabilidade dos projetos: enquanto o mercado interno paga pouco mais de US$ 1 por milhão de BTU, as exportações para o Brasil rendem US$ 4. Para fazer valer o ultimato feito em público, o governo teria proposto às companhias que assinassem apenas uma minuta dos acordos, deixando pontos polêmicos para depois.

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