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Petrobras pede mais 20 dias para negociar com a Bolívia

Segundo fonte da empresa, técnicos reunidos neste sábado em La Paz pedem a prorrogação do prazo de negociação; o motivo seria a eleição presidencial

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras está pedindo a ampliação do prazo para o fim das negociações sobre suas reservas na Bolívia, informou fonte do setor. Em reunião que está acontecendo neste sábado em La Paz, segundo a fonte, executivos da estatal tentam prorrogar por mais 20 dias o prazo que terminaria neste sábado para a assinatura do contrato de exploração das reservas de gás natural boliviano. O motivo alegado pela Petrobras é o "momento especial" que o Brasil vive por causa das eleições. Pelas regras do decreto de nacionalização das reservas, publicado em maio deste ano, as companhias petrolíferas deixariam de ser donas das reservas e passariam a ser apenas prestadoras de serviço. Em várias ocasiões, a estatal deixou claro que não se submeteria a este nível de negociação e que poderia recorrer à arbitragem internacional. Na sexta-feira as empresas Total e Vintage aceitaram os termos propostos pelo governo boliviano e assinaram o contrato. Fontes do setor informaram neste sábado que Repsol e BG, donas das maiores reservas de gás na Bolívia, depois da Petrobras, teriam reuniões marcadas para esta tarde com o governo local para discutir termos do contrato. Ambas as empresas, entretanto, aguardam a decisão sobre a ampliação do prazo pra a estatal brasileira. "Se a Petrobras tiver mais 20 dias, todas as outras querem", disse a fonte. "Ninguém negocia nada até saber os termos do contrato da Petrobras", revelou o executivo de outra empresa. Ambas as fontes lembram que o prazo de negociações se esgota à meia-noite. "Até lá, tudo pode acontecer", comentou a fonte. Na sexta-feira à noite, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse estar confiante na possibilidade de a Petrobras concluir o acordo.

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